quarta-feira, 9 de outubro de 2002

Só agora comecei a conhecer com alguma profundidade as Buffalo Daughter. O ponto de partida foi new rock, álbum editado em 1998, que sugar yoshinaga, yumiko ohno e moog yamamoto consideram estruturado com linhas melódicas repetidas, canções ligadas umas às outras, com sapos a coaxar e onde nada é previsível. De facto, o terceiro álbum para a editora dos Beastie Boys, a Grand Royla, tem tanto de imprevisível como de belo. Tem sido um dos álbuns que mais me tem entusiasmado nas últimas semanas. É como se fosse uma enciclopédia musicada pelos melhores artistas do pop/rock. É inovador e tem o dom de fazer lembrar muita coisa. Sobressai uma certa afinidade entre o punk experimental inicial e o new wave. Em jellyfish blues apresentam uma voz robot debaixo de água misturada com guitarra acústica.

Não sei se para esclarecer ou iludir o trio de japonesas afirma que as suas influências principais são provenientes de uma banda punk americana de nome Bay city rollers (um bando de funky-dressed, como diz Yumiko).
Apesar das Buffalo Daughter estarem na última linha de bandas funky japonês experimentais, que analisam tudo o que a história da música tem para oferecer (Pizzicato Five, Cibo Matto, Cornelius), elas preferiam não ser amontoadas (no sentido de estarem no mesmo saco) com os seus compatriotas.

Obs.: Quando estiveram no South by Southwest Music Festival, no Texas, a única coisa que acharam piada foi um sinal a dizer "Paris, próxima saída". "Paris, Texas (Wim Wenders), é o nosso filme favorito" diz DJ Moog Yamamoto.

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