Império da música contra-ataca
A indústria discográfica prepara-se para uma nova forma de luta contra a partilha de ficheiros musicais na Internet. Depois de várias batalhas travadas na barra dos tribunais, umas ganhas outras não, a indústria mune-se agora com uma nova arma legal: uma lei que permitirá aos responsáveis da indústria atacarem os sites que promovem a cópia de ficheiros musicais na Web.
Esta é uma atitude polémica que está a afastar, cada vez mais, as hipóteses de entendimento entre a indústria e os utilizadores que vêem na Rede uma forma de adquirir músicas sem pagar. Por um lado, a constestação dos utilizadores que reclamam o acesso a esses sites, por outro a indústria que perde receitas e atribui as causas à partilha grátis de ficheiros na Rede.
Para terminar com este eterno conflito, o Congresso americano prepara-se para aprovar uma proposta de lei do democrata Howard Berman que dará à indústria autorização legal para atacar sites como o Audiogalaxy ou o Kazaa, sucessores do falecido Napster.
Conhecida como P2P Piracy Act, a proposta de Berman permitirá «crackear» os computadores, apagando os seus arquivos piratas e atacar as redes de difusão de ficheiros com ataques de negação de serviço. A lei deixa ainda a indústria livre para atacar com vírus informáticos os arquivos de MP3 que circulam pela Web.
A reacção a esta atitude não se fez esperar, com tomadas de posição muito críticas. O programador do Napster, Shaw Fanning, já disse ao The Wall Street Journal que isto «não vai parar a pirataria mas, pelo contrário, ainda unirá mais os utilizadores destes serviços». Shaw considera mesmo tratar-se de uma «proposta de loucos».
:: está no DN
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