Suzanne Vega, hoje, na Aula Magna (Lisboa)
A cantora de "Cracking" e "Marlene on the Wall" regressa a Portugal para cantar temas antigos e conhecidos dos seus fãs e alguns temas mais recentes do seu último álbum «Songs in red and gray», um disco autobiográfico editado o ano passado, após o divórcio com o seu ex-produtor, Mitchell Froom.
Existe um espaço português dedicado a Suzanne Vega que pode ser consultado a partir daqui.
O site oficial, para além da informação usual, contém referências a Tim Vega, irmão de Suzanne, que faleceu em Abril passado.
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Ainda me recordo da primeira vez que ouvi Suzanne Vega.
1985.
Foi numa noite de sábado... enquanto a clientela não chegava, o Luis Gomes (DJ no Som Pedro) entretinha os presentes com algumas novidades que tinha encontrado. Uma dessas novidades foi, precisamente, o primeiro álbum de originais de Suzanne Vega.
E a minha relação com ela começou logo com os acordes de "Cracking".
Nem precisei de começar a ouvir a voz!
Mal senti aqueles acordes de viola acústica, pousei o copo na mesa, saltei do banco onde me encontrava sentado (junto a uma daquelas redes fantásticas que decorava o espaço) e fui à cabine perguntar o que era aquilo.
Para mim, acabava de descobrir uma obra-prima!
Porque é, de facto, uma obra-prima o álbum de estreia de Suzanne Vega!
Ao mesmo tempo que me fazia lembrar Leonard Cohen (nalgumas palavras e até no design da capa), acordes "violentos" como os de "Cracking" tinham um efeito quase hipnotizador.
É um álbum indispensável para quem quer ter as referências maiores da década de 80!
Parte da minha formação musical vem do acústico... está aí uma das possíveis explicações.
Dois anos depois, Suzanne Vega editava "Solitude Standing".
Já com outra projecção, este segundo álbum já tem uma presença mais acentuada da percussão (quase só bateria - mas essa quase não se notava em "Suzanne Vega") mas segue as linhas orientadoras do seu antecessor tendo mesmo uma peça importante (que poderia servir hoje quase de 'case study' para algumas teorias) chamada "tom's dinner".
A partir daqui, a história contou-se com outros traços.
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