quarta-feira, 17 de julho de 2002

Fez no início do mês, a 7 de Julho, 12 anos que Cazuza morreu. Assim se perdia um excelente artista e um dos melhores intérpretes da música e da sociedade brasileira.
A carreira de Cazuza começou nos Barão Vermelho. Desta época, gosto particularmente de Bete Balanço (o teu futuro é dúvidoso, eu vejo grana eu vejo dor) e de Maior Abandonado (estou pedindo a tua mão, me leva para qualquer lado, só um pouquinho de protecção, ao maior abandonado).
Ao fim de algum tempo, Cazuza deixou a banda e começou uma carreira a solo. Exagerado foi o primeiro álbum. A música que dá título ao álbum é uma das minhas favoritas. (Eu nunca mais vou respirar, Se você não me notar, Eu posso até morrer de fome, Se você não me amar)

Só se for a dois, saiu em 1987. Já doente, regressado de um tratamento em Boston nos EUA (Cazuza já sabia nesta altura que tinha Sida), editou Ideologia (eu quero uma pra viver). Neste álbum, algumas letras refletem já a doença contra a qual combatia (O meu prazer, Agora é risco de vida, Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll).

Em 1989, já debilitado, ainda edita Burguesia (a tal que fede e quer ficar rica e nos impede de termos poesia). É um disco sofrido e muitas das letras reflectem alguma angústia. Ouvir Filho Único faz-me ficar arrepiada.

Ainda a destacar: Faz parte do meu show, Codinome Beija-flor, Quando eu estiver cantando, Boa Vida, Só as mães são felizes, O nosso amor a gente inventa. (além de um excelente músico, Cazuza era um belíssimo poeta.)

Sem comentários: