quinta-feira, 31 de julho de 2003



Em 2001 Matt Elliot (através do projecto Third Eye Foundation) editava um álbum de remixes com a estranha designação de i poo poo on your juju.
Trata-se de uma introspecção pela electrónica com particular incidência no trip hop, drum'n bass e break beat, através de uma visita de cortesia a Blonde Redhead, Remote Viewer, Faultine, Glanta, Chris Morris, Tarwater e Urchin.
Para além das sequências electrónicas repentinamente presentes surge logo na primeira faixa (la dispute) uma viagem ao piano minimalista de Yann Tiersen. A adição de vozes angélicas em algumas músicas cria um contexto muito ambiental, focando o trabalho num certo contraste que lhe dá equilíbrio com a sempre artificial electrónica.

quarta-feira, 30 de julho de 2003

Lembram-se?!...



Another Sunny Day -
I'm In Love With A Girl
Who Doesn't Know I Exist




The Darling Buds -
Shame on You




Talulah Gosh -
Bringing up Baby




Siouxsie & The Banshees -
Peep Show




Swans - Love will tear us apart

a grandeza musical dos anos 80 também passou por aqui, e é com esmero que ainda hoje guardo as velhinhas K7 de fita de ferro, onde albergo alguns dos sons destes Magos do passado, que me enfeitiçaram há anos...

terça-feira, 29 de julho de 2003





A cada audição descubro um novo recanto... cada recanto introduz uma nova dimensão... a música de Kimmo tem afinidades com os desenhos de Escher.

O vídeo de "Mantis", tema retirado de "Kalmuk":

Real Player Low

Real Player High

Windows Media Player
Marie Claire
Já não nos devemos admirar se virmos na tv a famosa Lili Caneças a recomendar:
- Meninas. Oiçam Koop, Minus 8, Joseph Malik ou The Underwolves... faz bem à pele!
Tudo porque a revista "Marie Claire" criou a banda sonora perfeita para um dia perfeito (pelo menos, assim o defende). E criou-a com a preciosa colaboração da Compost Records/JCR, o que traduzido para linguagem clara, encomendou e a editora encarregou-se de fazer o respectivo encaixe.
Trata-se de uma compilação com 14 propostas que, para além dos nomes já citados, contém ainda De-Phazz, Victor Davies, Jazzanova, Daniel Magg, Les Gammas e Wei Chi.
O que a JCR não sabe é que, com a escolha dos Les Gammas e "outra vida" (com a participação de Nina Miranda) para o fecho do cd, acaba por fazer um trocadilho engraçado para as madames. Diz a música:
- (...) Imagina... outra vida... Imagina...

(Lili Caneças) - Cruzes, credo!

segunda-feira, 28 de julho de 2003

Contra o fim do Ermal
Aqui está uma petição contra o fim do Festival do Ermal. Se quiseres, assina.
Recordações

Unknown pleasures dos Joy Division



e ocean rain dos Echo & The Bunnymen

Desafio ao leitor
Mick Jagger fez 60 anos no passado sábado.
Tenho curiosidade em saber em que pensam quando se fala em Mick Jagger ou nos Rolling Stones.
Aceitam o desafio?
Então, comentem.
Um génio, Kimmo Pohjonen .




Um disco genial... "Kalmuk".



Inclassificável.
É preciso ouvir para sentir...
Ouvir para perceber....

sábado, 26 de julho de 2003

Björk ao vivo com Sigur Ros
Björk vai actuar nos EUA, no próximo mês de Agosto, acompanhada pelos seus compatriotas Sigur Ros, bem como por Bonnie "Prince" Billy, uma das encarnações artísticas de Will Oldham. Os concertos estão marcados para Brooklyn, Nova Iorque, e contarão ainda com a participação do projecto LCD Soundsystem, que este ano se celebrizou com o tema "Losing My Edge", e a quem caberá dar música aos presentes, nos intervalos entre os espectáculos de Björk, Will Oldham e dos Sigur Ros.
notícia:cotonete.iol.pt

sexta-feira, 25 de julho de 2003



Hooverphonic presents Jackie Cane!

É assim que esta banda belga se apresenta no seu último álbum. A postura eminentemente pop de registos anteriores transfigura-se para algo mais musical pop onde as letras assumem uma dimensão mais digna. Com uma nova vocalista, de perfil muito semelhante a Beth Orton, as músicas navegam por estilos que vão desde ambient, trip-hop até à dream pop dos Saint Etienne. Talvez, por isso, a audição deste álbum vale pelo seu conjunto e sequência.
Só no final é que ficamos com a tal impressão musical pop que a capa do disco sugere.
Já ouviram "Viva...!", a "repicagem" de Sam The Kid à música de Carlos Paredes?
Este «miúdo» é um génio.
Segundo o que já consegui ler, Nitin Sawhney deu ontem um grande concerto na Aula Magna.
Para mim, é até difícil escrever sobre este inglês, filho de pais indianos, tal é a empatia que construí com a sua música.
Fiquei desolado quando, na semana passada, percebi que a lotação do Sá da Bandeira estava esgotada (fico com as memórias do ano passado).
Tenho escutado "Human", o seu mais recente álbum, que nos oferece belas canções, tal como havia já acontecido com os anteriores "beyond skin" e "prophesy".
Vozes vindas do céu e uma abordagem às raízes musicais dos seus progenitores que espanta.
O que me espanta negativamente é o facto de "Human" ainda não ter distribuição entre nós! Nitin Sawhney é editado pela V2 e aquele selo não tem, neste momento, representação no nosso país.
Mas... destes factos a roçar a irracionalidade já nós estamos habituados. Os Alpha também já publicaram "stargazing" há alguns meses e só agora começaram a aparecer nas lojas (graças à Sabotage).
Espero que seja por pouco tempo.

quinta-feira, 24 de julho de 2003

O Rui Veloso tem algumas músicas que trago sempre no bolso:
Saíu para a rua
Sei de uma camponesa
A gente não lê
Balada da fiandeira
A ilha
Guardador de margens
E hoje há um mundo inteiro a colorir o castelo de Sines.
Besh o droM - Festival de Músicas do Mundo

O previsto era só uma visita. Um hospital. Um familiar a recuperar de uma recente intervenção cirúrgica.
Tinha saído em velocidade crescente no final do dia de trabalho, uma nova gravação de Fanfare Ciocarlia no leitor de cd´s do carro; como que um outro “the sound of speed” dos the jesus & mary chain. Mas era diferente. Houve tempo e foi o caminho para meu primeiro “festival” de Verão de 2003. O Festival Músicas do Mundo Ciganas e o esplendor da world music, no D’Orpheu em Águeda.
Fazendo lembrar o “nosso” Bar Insólito, este espaço musical/ bar na baixa de Águeda, apresentou a um vasto público simpático, os húngaros Besh o droM. E fiz bem seguir o meu caminho. Oito músicos de eleição para 16 instrumentos (não sei se contei todos), um mago do batuque e outras percussões, um címbalo mágico, três metais absorventes, um baixo, tambor e guitarra. Um som tão frenético, como de harmonia, com bases jazzistícas, desenrolado numa velocidade deliciosa, dezenas (?!) de puras notas musicais por segundo.
E ninguém ficou estático, tudo eram dínamos e som natural, feito por dedos, mãos, beiços, pés, homens de carne e muita alma...
Obrigado Besh o droM!

quarta-feira, 23 de julho de 2003

Rufus Wainwright

Já está disponível para audição um tema do novo álbum de Rufus Wainwright, "Want". O disco sai no dia 23 de Setembro e conta com a produção de Marius deVries (já produziu Bjork, David Bowie, U2). Destaque ainda para as colaborações de Charlie Sexton, Sterling Campbell, Gerry Leonard, Levon Helm, Kate McGarrigle, Linda Thompson e Martha Wainwright. Segundo o site do songwriter canadiano as sessões de gravação foram de tal forma produtivas que já está previsto um segundo volume de "Want" para o início do próximo ano.

terça-feira, 22 de julho de 2003

Mew e Cardigans em Paredes de Coura



O cartaz de Paredes de Coura fica quase fechado com estes dois nomes, actuam dia 21 de Agosto. Entretanto, os Radio4 foram deslocados para o dia 20.

segunda-feira, 21 de julho de 2003



No passado sábado desloquei-me ao festival de Vilar de Mouros com o objectivo de assistir ao primeiro concerto em Portugal do meu songwriter favorito, Rufus Wainwright. Não tenho espírito festivaleiro mas a possibilidade de poder ver o talento de Rufus, ao vivo, foi mais forte. Continuo incrédulo com o que se passou, correu tudo mal. Falhou o Rufus, porque se apresentou num festival de Verão sem a sua banda, apenas acompanhado por um piano e uma guitarra acústica. Não sei se desconhecia o formato do festival, o que é certo é que num concerto ao ar livre muito dificilmente conseguiria, sozinho, levar o barco a bom porto. Falhou a organização pelo terrível erro que cometeu no alinhamento da noite de sábado, revelaram uma tremenda falta de sensibilidade. Rufus actuou a seguir aos Blasted Mechanism, que como sempre tiveram uma prestação visualmente atraente e energética, muito do agrado do público adolescente que, maioritariamente, preenchia a assistência. O songwiter canadiano recebeu uma multidão em êxtase nada receptiva aos ambientes intimistas e introspectivos da sua música. O choque foi inevitável, ao segundo tema Rufus já recebi reacções negativas por parte do público. Cheguei a temer o pior. Felizmente, a maioria dos festivaleiros que estavam a ensombrar prestação de Rufus acabaram por desmobilizar mas o concerto ficou ferido de morte.
O grande beneficiado da noite acabou por ser David Fonseca, recebeu uma plateia filtrada o que permitiu uma actuação segura. Conseguiu despertar a minha atenção para o seu álbum a solo, "Sing Me Something New". Fiquei com a sensação que vale mais sozinho do que os Silence4.
Quanto a Rufus Wainwright ficou a dever, a quem se deslocou propositadamente para o ver, um novo concerto, à altura do seu génio, de preferência numa sala pequena.



10 anos de história num só disco
Com edição prevista a 22 de Setembro, "Singles 93-03" reúne todos os singles retirados de «Exit Planet Dust», «Dig Your Own Hole», «Surrender» e de «Come With Us», bem como de vários EPs editados pelo grupo ao longo destes 10 anos.
Incluirá ainda duas novas faixas: uma colaboração com os Flaming Lips que deu origem a "Golden Path" e "Get Yourself High" com os rappers canadianos K-OS.
"Singles 93-03" vai contar com uma edição limitada que oferece um disco bónus com raridades e faixas nunca antes editadas. O formato DVD também está previsto naquela data com a publicação de todos os vídeos das músicas presentes em "Singles 93-03".
Quanto a novidades, elas deverão surgir no próximo ano.

alinhamento:
Song To The Siren
Chemical Beats
Leave Home
Setting Sun
Block Rockin' Beats
Private Psychedelic Reel
Hey Boy Hey Girl
Let Forever Be
Out Of Control
Star Guitar
The Test
Get Yourself High
The Golden Path

disco bónus:
Not Another Drugstore (Planet Nine Mix)
The Duke
If You Kling To Me I'll Klong to You
Other Rock
Morning Lemon
Galaxy Bounce (Original Version)
Loops Of Fury
Delik
Elektrobank (Live From The Roxy, NYC, Nov 96)
Under The Influence (Mix 2)
Piku Playground (Live)


No início da década de oitenta os Felt mostravam a mais valia que haviam de representar nesses prodigiosos anos de culto.
As guitarras com afinação muito peculiar colavam-se na voz de Lawrence, criando o som característico e melódico dos Felt. Nos EP's crumbling the antiseptic beauty (1981) e the splendour of fear (1983) iniciou-se a busca incessante de um estilo cuidado que se apoiava em longos espaços de tempo a percorrer arranjos fascinantes onde Lawrence debitava, milimetricamente, a sua voz morna.

the cinematic orchestra – the man with movie camara
ninja tune, 05.2003

sexta-feira, 18 de julho de 2003



Outra voz de referência em Cuba que nos abandona.
Celia Cruz a rainha da salsa.

quinta-feira, 17 de julho de 2003

White Stripes inspiram Spiritualized
Os Spiritualized, que este ano lançam um novo álbum, intitulado "Amazing Grace", inspiraram-se nos White Stripes para dar ao próximo disco um som mais cru.
notícia: cotonete

quarta-feira, 16 de julho de 2003

Bjork - Vespertine Live at Royal Opera House



Quem tiver ligação de banda larga e o RealOne Player instalado não pode perder este link:
128k
256k

O ponto de encontro dos músicos na internet.

Este portal, inovador numa série de conceitos, tem como ambição unir todos os músicos em Portugal numa única comunidade online. Dotado de uma série de funcionalidades originais, pretende ajudar os músicos em Portugal dando-lhes todas as ferramentas necessárias a uma comunicação poderosa e eficaz mantendo a sua utilização simples e intuitiva. Orientado a músicos, djs, técnicos de som, técnicos de luzes, professores, alunos, managers e todas as pessoas de alguma forma relacionadas com o meio musical.


Os elementos dos My Bloody Valentine estão reunidos em estúdio, em Berlim, para regravar material que ficou pendente dos anos da actividade da banda.
notícia: pitchforkmedia
QSTA em Coura
Os Queens of The Stone Age são o novo nome acrescentado ao cartaz de Paredes de Coura.
A banda actua como cabeça de cartaz na noite de dia 20.
::... thks, Emanuel
Blogues
>>> A Corneta
>>> Charutos, Jazz, Uisque e Blog
X Wife again...





Single launch party, hoje, 23 horas, no "Meu Mercedes...", Porto.
Oportunidade única de conhecer este trio que, tal como escrevi aqui há dias, são a mais surpreendente banda rock do momento.
Fixem este nome: X*Wife.
Stowaways preparam split cd com Alla Pollaca

Nuno Sousa, João Trindade, Pedro Gonçalves e Sérgio Seabra formam os Stowaways.
São do Porto.
O projecto nasceu em 2001 e deram logo cartas no Termómetro Unplugged.
Estão em Braga a gravar 4 temas com o Buhda (Big Fat Mamma) para que depois o Mário Barreiros os misture e masterize. Serão 4 canções, às quais se juntarão outras tantas dos Alla Pollaca, para que sejam editados em Outubro. Esta gravação está relacionada com as duas últimas edições do Termómetro Unplugged e sairá sob o selo da CEGO, SURDO e MUDO.
"amputated leg" e "we love our guns" são duas criações geniais...

Têm sido dias de frias gotas de água salgada, trespassando a roupa e a pele, como se de um manso carpir pelo Senhor anterior, se tratasse...
e nesse chuvisco cinzento saltitam os pingos em contínuo caudal de inverno, brotante de entre as teclas de piano de Huber e Dorfmeister.
Tudo isto para referir Dehli9, o mais recente trabalho de Tosca, cujo cd2 me domina por horas extensivas...

terça-feira, 15 de julho de 2003

Compay Segundo, 1907-2003
Só há pouco, e já depois de comentar o post que o Filipe aqui deixou e que se limitou à colocação de uma bela imagem de Compay Segundo, é que me apercebi que o comandante da bela esquadra cubana já não estava entre nós.
Não estranhei o facto do Filipe colocar a imagem porque, com muita frequência, falamos do "way of life" de Compay e sus muchachos (como por exemplo, Ibrahim Ferrer).
Comovi-me.
Porque rostos como o de Compay (ou de outros seus companheiros) foram sempre entrando na minha vida como se fossem um parente muito próximo... um avô, por exemplo.
Porque a música de homens como Compay celebra a vida! E nós precisamos de homens assim.
Porque Cuba também tem estas belas ofertas para a humanidade... como a de Compay... ou a de Ibrahim Ferrer... ou a de Ruben González... ou a de Eliades Ochoa (aquele chapéu)... ou a da "menina" Omara Portuondo... ou a do também já desaparecido Pólo Montanez (um madeireiro que, muito feliz com o reconhecimento que começava a ter, explicava-me numa conversa que mantive com ele por telefone, que não entendia porque as pessoas gostavam tanto das palavras simples que cantava)...
Fico triste.
Espero que Maximo Francisco Repilado Munoz (era assim o seu nome) tenha levado consigo as mais belas memórias de, como ele cantava, Lo Mejor de la Vida.

alguma info na net sobre Compay Segundo:
. CubaLatina
. IMN artist
. AfroCubaWeb

ps - a foto do sorriso mágico é da Agência Lusa
Apenas simples referências para Guitar Wolf e Ex-Models.
Rock traduzido em canções de 2 minutos e meio como se fazia há muito tempo atrás.





Os álbuns "zoo psychology" (ex-models) e "ufo romantics" (guitar wolf), ambos de 2003.
Uma boa forma de conhecer alguma da melhor World Music é ler o Crónicas da Terra.

segunda-feira, 14 de julho de 2003

THE ETERNALS [chicago/usa] + HURTMOLD [são paulo/brasil]


A Sylvie enviou-me uma nota que me deu conta da edição, no Brasil, de um split cd com The Eternals e Hurtmold.
Até aqui tudo bem.
O problema é quando fico a saber que os The Eternals (Damon Locks, Wayne Montana e Dan Fliegel) produzem um som hipnótico, orgânico, tenso, ansioso, viajante como o rock mas com experiências junto do funk e do dub.
Mais...
Os The Eternals já tocaram com Tom Zé (do Tom Zé tenho um 'best of' editado pela Luaka Bop de David Byrne que é uma delícia) e... Tortoise.


Quanto aos brasileiros Hurtmold, a curiosidade mantém-se.
Formados em 1998, na cidade de S. Paulo, os Hurtmold criam música à volta do rock fazendo uso de várias outras referências sonoras e ainda de inúmeros instrumentos, resultando daí uma musicalidade de forte carácter orgânico, recheada de texturas, ora tensas ora
delicadas e sempre aberta a improvisações.

Contagiei alguém?

nota 1: Este split cd tem 5 temas de cada banda e é uma edição da Submarine records.
nota 2: mais informações sobre esta edição na Detroit [ Rock City ]

domingo, 13 de julho de 2003

Enquanto colocava algumas leituras em dia, deparei-me com notícias como:
. Sex Pistols querem tocar em Bagdad para denunciar «falhas da democracia»
e
. White Stripes sofrem acidente de viação e anulam presenças em vários festivais de Verão
ou
. Pixies podem reunir-se para tocar ao vivo
::... notícias do Diário Digital

sexta-feira, 11 de julho de 2003

O Festival de Vilar de Mouros - referência nacional nesta área - tem direito a um livro que mostra os 35 anos de história daquele evento.
Mas também tem um weblog!

quinta-feira, 10 de julho de 2003

Três grandes álbuns de 2002 que só agora estou a ter o prazer de descobrir.

ill Lit - WACMusic



Spring Heel Jack - Amassed



Murcof - Martes



A pilha de discos não ouvidos nos últimos dois meses já é considerável. Os dias estão a crescer e começo a entrar em ritmo de férias, ou seja, vou ter muito tempo para por em dia os discos em falta.

quarta-feira, 9 de julho de 2003

X - Wife
Os X - Wife são a mais surpreendente banda de rock do momento.
É com a frase de cima que o press-release dos X - Wife começa. E eu assino por baixo.
Ouvi apenas três temas ("rockin' rio", "eno" e "we are") e fiquei surpreendido. Absolutamente fantásticos!
Devo-vos dizer que, depois de ter feito aqui um convite à reflexão (ver abaixo), não esperava nada que me chegasse às mãos uma produção nacional que se encaixa, na perfeição, no perfil que lá tracei (Electronicat, Yeah Yeah Yeahs, LCD Soundsystem, Robots in Disguise, The Knife, ect).
Trio composto por João Vieira (conhecido também por DJ Kitten!) na voz e guitarra, Rui Ferreira nos teclados e caixa de ritmos, e Fernando Sousa (membro da Stealing Orchestra) no baixo, os X - Wife oferecem-nos um rock maduro e electrónico assente numa secção rítmica segura e musculada.
Estes três temas que escutei fazem parte da sua única edição (até agora). É um single com edição da NorteSul mas os X- Wife preparam-se para iniciarem os trabalhos de gravação do seu primeiro álbum.
E é bom que sejam rápidos.





PS - os X - Wife vão estar em Coura.


O último álbum dos télépopmusik é a minha sugestão para entrar em ritmo de férias ou para suavizar o fim de uma época de trabalho. Genetic world combina electronicamente a essência do chill out e do folclore hip hop com a obrigatoriedade de uma simpática voz feminina.

terça-feira, 8 de julho de 2003

Voltei. Graças a uns mexilhões merdosos que comi na Aldeia do Meco, passei mais de uma hora numa fila interminável de carros até à Herdade do Cabeço da Flauta. Sem cds, sem álcool e num pára-arranca infernal. Já no recinto a primeira imagem marcante foi um camião cisterna dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, estacionado, com os pirilampos ligados e com meia dúzia de maus bailarinos em cima dele, todos com ar de frete.


PONTOS


Negativo: o pó que tornava o ar, por vezes irrespirável. Mesmo.

Positivo: um melhor aproveitamento do espaço; andava-se, mais à vontade que no ano passado, não obstante as 20 mil pessoas que afluíram a esta edição.

Negativo: o Pedro Miguel Ramos.

Positivo: os bonés não saíam da tenda Hipnose.

Negativo: os pães com chouriço cru.

Positivo: as bailarinas da Smirnoff e as gajas de penteado à Björk.

Negativo: as tradicionais palminhas antes, durante, depois e fora do tempo; para não falar nos bardos e nas bardas que se achavam dignos de um dueto com a Björk, mas cá entre nós, eu também estava entre eles...

MÚSICA

Moby

Uma bola amarela aos pinchos no palco. Discursos anti-Bush politicamente incorrectos. Baboseiras. Os cds em formato festivaleiro.

Nightmares On Wax

Deixaram muito a desejar pelo que me deram a ouvir através dos cds. A hora tardia não ajudou nada.

Trüby Trio

Os Trüby Trio deram o melhor DJ Set da noite. A julgar entre os que tive oportunidade de assistir. Batidas muito boas de se dançar, de dar cabeçadas no tecto da tenda. E passaram uma versão ainda mais dançável do Eple dos Röksopp.



Dzihan & Kamien

Tive a infelicidade de não os ouvir. Na brochura do festival anunciava-os à mesma hora da menina da noite. Nem pensar...

Björk

A menina é um anjo. É mais que isso. É uma alucinação gelada num deserto tórrido. Um vestido azul esverdeado e folhado e uma corôa de penas verdes em redor de cada orelha ansiosas por um murmúrio. Um corte de cabelo justinho, liso, com repas bem delineadas e um prolongamento traseiro retro. E ela dançava, mexia, embalava, acarinhava, encenava delírios nos olhos que a devoravam. Os gestos traçavam desenhos infantis e murmuravam imagens. A voz é a voz dela. Aqui, ao vivo e a cores. Muitas cores. A poucos metros de distância. Tudo isto acompanhado por cinco violinos, dois violoncelos e uma harpa genial. Mais as caixinhas de música dos Matmos e os beats psicadélicos e os efeitos fabulosos numa voz fabulosa. E as labaredas em cena e o fogo de artifício sob o palco. E as projecções numa tela paradisíaca em imagens saídas do sonho de um génio. O transe do corpo de menina durante «Hunter» adivinhava um concerto memorável. E foi. Já acabou. Ficaram três inéditos, «Desired Contellation», «Nameless» e «Where Is The Line», uma fantástica versão electro de «It's In Our Hands» e uma outra de «Human Behavior» a descer o pano. Mais ficou algo mais...


Bjork no Meco





::... foto de Sérgio Peixoto


Na tentativa de melhor recordar vai e vem de João César Monteiro criei uma afinidade cultural com Masters Musicians of Jajouka. Este trabalho que carrega 4000 anos da vida de Jajouka (povoação situada nas montanhas do norte de Marrocos) serve para colocar uma estrela no registo cinematográfico do falecido génio do cinema português.
Álbum editado em 2001, com a produção do indiano Talvin Singh e a voz de Bachir Attar, eleva-nos para a dimensão mais pura da música etnográfica. Ora é precisamente essa ausência de grânulos poluidores que permite encostar, hermeticamente, a aresta principal de vai e vem com o trabalho dos músicos de Jajouka.
Convite à reflexão





Ouvi um tema do álbum "nuit blanche" dos belgas Vive La Fête (banda do universo Deus) e fiquei com a impressão que estava a escutar um dos meus discos de vinil da década de 80.
Porquê?
Já não é a primeira vez que isso acontece!
Trabalhos como os de Electronicat, The Knife, Electrocute, Kevin Blechdom, Rework, Robots in Disguise, A.R.E. Weapons e tantos outros, fornecem-me essa impressão.
A pergunta que faço é aquela que já fiz: porquê?
Será que podemos falar já da existência de um movimento?

segunda-feira, 7 de julho de 2003

Nils Petter Molvaer – NP3



como adoro aquele sax…
Sinais do tempo
Vale a pena percorrer os arquivos da Rolling Stone.

A primeira capa, 9 de Novembro de 1967...



...24 de Julho de 2003