quarta-feira, 31 de agosto de 2005
Alison Goldfrapp e Will Gregory - my summer of love (2005)
Já que se fala do duo Goldfrapp fica a sugestão da banda sonora de my summer of love (2004)... o alinhamento é o seguinte,
Goldfrapp - lovely head
Goldfrapp - mona on the tennis court
Julie London - sway
Goldfrapp - meeting in the moors
Pretenders - i go to sleep
Goldfrapp - pulse
Blonde Redhead - elephant woman
Camille Saint-Sains - the swan (adagio)
Goldfrapp - mona and tamsin on a rock
Mozart - masonic funeral music in C minor
Goldfrapp - sadie's room
Edith Piaf - la foule
Gilberto Gil e Caetano Veloso - tres caravelas
Goldfrapp e Will Gregory - mona at the gate
Borodin - string quartet no. 2 in D major
terça-feira, 30 de agosto de 2005
Goldfrapp - supernature (2005)
A voz de Alison Goldfrapp afirma-se, uma vez mais, como a magia que envolve e encanta canções comuns.
Se felt mountain continuar a ser a referência notável que confirmou o talento vocal de Goldfrapp não é menos verdade que em black cherry e agora com supernature surgiram novas potencialidades que o duo Goldfrapp (Alison Goldfrapp e Will Gregory) continuará a explorar no futuro. De facto, nota-se uma beleza extraordinária que emana do ecletismo vocal de Alison a par com o seu contagiante glamour eléctrico que impele para a dança. É esta essência que conjuntamente com a sonoridade trip-hop do primeiro registo alicerçam a melodia e versatilidade de supernature.
sexta-feira, 26 de agosto de 2005
Efterklang - tripper (2004)
Bjork trouxe à música uma rara beleza...
Sigur Rós ou Múm parecem ter criado uma imensa melodia endémica no país dos vales encantados e glaciares esquecidos...
Os dinamarqueses Efterklang serão uma manisfestação dessa génese...
The editors - the back room (2005)
Tom Smith é a voz forte e, por vezes, agressiva que nos transporta para o território new wave dos anos oitenta onde as semelhanças com os Echo & The Bunnymen ou Chameleons são evidentes.
The back room, álbum de estréia desta banda de Birmingham, relembra também o tipo de instrumentalização que caracteriza os Interpol, sendo exemplo disso a faixa bullets.
Contudo, "apesar" deste rol de comparações e de se esperar por um aperfeiçoamento que melhor os identifique, a verdade é que soa muito bem ouvir mais um grupo que se vem juntar ao lote de novas bandas promissoras (Bloc Party, Franz Ferdinand, The others, etc.).
quinta-feira, 25 de agosto de 2005
Daniel Lanois - belladonna (2005)
Daniel Lanois é sobejamente conhecido pelo seu trabalho de produtor, compositor e colaborador com os U2 (desde os tempos de unforgettable fire até ao recente how to dismantle an atomic bomb sem esquecer a sua participação no brilhante achtung baby), Marianne Faithfull, Brian Eno, Peter Gabriel, entre outros, e também pelo seu trabalho de produtor e compositor de bandas sonoras.
Com belladonna (onde também colaboram o pianista Brad Mehldau e o baterista Brian Blade) emerge a faceta dos ambientes cinematográficos que nos remetem para o mundo onírico de Wim Wenders. Em determinadas faixas paira no ar a atmosfera de the million dollar hotel ou paris, texas, embora neste caso sem vozes. Provavelmente por isso Daniel denominou este registo de belladona cuja origem está no nome da planta tóxica atropa belladonna que tem como efeitos após o consumo a perda total da voz.
Não obstante a ausência de vozes parece que em determinados momentos apenas se ouvem sussuros vocais, exemplo disso é a faixa oaxaca.
sexta-feira, 19 de agosto de 2005
O último dia do Festival de Paredes de Coura torna cada vez mais nítida a percepção que os grandes festivais de Verão são, sobretudo, eventos de lazer muito antes do conceito clássico de festivais de música. O público é tão diversificado como o cartaz o que é salutar e motivador, mas faz com que o entusiasmo recaia principalmente nas bandas do momento, isto porque a maioria da assistência jovem presente é exactamente isso que busca.
Ora este preâmbulo vem a propósito do entusiasmo ligeiramente débil em relação ao concerto de Nick Cave & The Bad Seeds. Presenciar a exalação de energia que o antigo líder dos Birthday Party deixou em Paredes de Coura poderia ter sido um acto de loucura noutros tempos. Para muitos dos presentes parecia dizer pouco. Pior parece ter acontecido a Vincent Gallo que "desorganizou" o público, apesar da sua boa disposição e do magnífico concerto, onde nos deu a conhecer a celestial voz de Theresa (ficamos a saber que a música yes, i'm lonely é sobre ela).
Antes destes dois grandes vultos tivemos a presença musculada de Juliette & The Licks que veio retemperar o púbico com decibéis semellhantes aos das noites anteriores. Teria sido muito interressante ver Juliette Lewis interpretar algo de PJHarvey tal como o havia feito majestosamente no filme strange days.
Apesar da certeza que a magia de um grande festival está muito para além da leveza deste tipo de análise fica sempre aquela vontade de dizer algo quando o público parece não corresponder à actuação de quem está em palco. Em 2002, João Peste, vocalista dos Pop dell' Arte, disse adeus a uma plateia que não compreendia ou não conhecia os seus pergaminhos na música portuguesa com a ironia intrínseca à música so goodnight!
Será que não é fundamental fazer uma "preparação" para usufruir a plenitude de um bom concerto?
quarta-feira, 17 de agosto de 2005
Refree - La matrona (2005)
Raül Fernández é o nome do criativo compositor espanhol que se esconde atrás do projecto Refree. La matrona é o terceiro álbum de Raül Fernández que encerra em si muita subtileza e simplicidade a par de uma considerável sofisticação de arranjos.
Depois de banharmos vária vezes os nossos ouvidos pelas doze canções (7 em castelhano, 5 em catalão) de la matrona ficamos iluminados por todo o esplendor rítmico num passeio alegre e vibrante entre a pop e o jazz.
É um exercício interessante procurar referências escondidas de artistas pop, de anos não muito recentes, (porque as há!) quer ao nível das letras quer ao nível dos arranjos.
Grande disco dos nossos vizinhos espanhóis!!
terça-feira, 16 de agosto de 2005
Stephen Merrit - eban & charley (2002)
Eban & Charley é um filme realizado por James Bolton que descreve a relação entre um rapaz de 15 anos e um homem de 29 anos e que teve a feliz particularidade de ser musicado pelo grande compositor Stephen Merrit. Esta é uma daquelas bandas sonoras de uma beleza celestial onde coabitam canções pop de fina delicadeza ao lado de faixas instrumentais recheadas de belos e finos arranjos.
Seis das canções que integram esta banda sonora tinham ficado inacabadas na altura que Stephen Merrit projectava a obra-prima 69 love songs através da sua alma musical denominada Magnetic Fields.
Refira-se a propósito que este foi o primeiro álbum em que Stephen Merrit deu o seu próprio nome ao registo e onde trabalhou sozinho.
quinta-feira, 11 de agosto de 2005
quarta-feira, 10 de agosto de 2005
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