Sigur Rós encheram Coliseu do Porto
«Banda Sonora para Uma Erupção» por Inês Nadais no Público de hoje.
Levada à letra, a música desabrigada dos islandeses deveria ser ouvida em silêncio numa planície lunar, no centro da terra ou debaixo de um vulcão. De preferência, sob a ameaça de uma tempestade cósmica. Mas isso talvez seja pedir muito. O certo é que há concertos que só pecam por excesso de público e por desacerto da sala - e este foi um deles. Demografia e logística à parte, os Sigur Rós estiveram imensos.
Para uma banda que consome doses invulgares de silêncio - e que faz do silêncio matéria prima para a combustão, sobretudo na recta final de alguns dos seus temas mais perfeitos - um Coliseu com três mil pessoas é um campo minado. Anteontem à noite, os Sigur Rós estiveram uma vez mais impecáveis naquele território entre a caixa de música e o terramoto que habitam desde o privadíssimo primeiro álbum.
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