sexta-feira, 31 de maio de 2002

O "Abduzindo" é um blog que se dedica a investigar e criticar esta forma de partilhar informação através da net.
O E.T. esteve por aqui, viu e criticou:
"Bom para cacete... um verdadeiro cantinho musical"
...e, mais à frente...
"...com bom e alto som do blog Intervenções Sonoras"

quinta-feira, 30 de maio de 2002

Ora... nem a propósito.
É que tenho estado na última hora a redescobrir at first light da belíssima Silje Nergaard e dei comigo a pensar nessa colaboração feminina.
:: de facto, com uma voz como esta, não se consegue pensar noutra coisa! ::
Tenho conversado com o Filipe sobre isso e já estamos a dar passos nessa direcção. Seja como for, aceitam-se sempre sugestões.
:: agora, de repente, fui tentado a deixar ficar aqui algumas pistas, mas... é melhor guardar isso para depois. ::

Ah!
E para os nossos visitantes: usem e abusem dos comentários.
Não deixem esse feedback esbarrar no vosso monitor.
Ora... como a seguir podem ver... agora toca tu!
Já agora que acham da nova carinha do intervenções?
Esta é sobretudo para os colegas do intervenções!

Não acham que precisamos urgentemente de uma boa colaboração feminina. Nas palavras como na música ... a beleza criativa fica alegre e revigorante com os dois sexos em sintonia.

Por mim vou já tratar do assunto!

quarta-feira, 29 de maio de 2002

Por mero acaso ou nem tanto encontro-me com dois álbuns de décadas diferentes, que já conheço muito bem, a revezarem-se faixa a faixa no meu leitor de CD's. São eles Colossal youth (1981) dos Young Marble Giants e Mars audiac quintet (1994) dos Stereolab. O primeiro tinha ouvido falar dele há alguns anos a propósito da sua edição em CD pela Rough Trade. Mas, daí até o conseguir ainda foi uma aventura. O segundo, é um entre muitos da fabulosa produção artística dos Stereolab.
O motivo deste paralelismo é que um transporta-me para o outro e vice-versa. Não faço a mínima ideia se a crítica mainstream já referiu isto alguma vez, ou se é o meu inconsciente sonoro a carregar-me a memória com a beleza simples e contagiante do órgão (acreditem era mesmo do tipo daqueles que habitam nalgumas igrejas) dos YMG.
Enfim, quer o meu ponto de vista tenha algo de consistente ou não, o que não devem desperdiçar é a audição deste dois excelentes trabalhos, até porque as semelhanças não se esgotam no minimalismo electrónico que os abrilhanta.
Investiguem!....

terça-feira, 28 de maio de 2002

“Entering the city felt like being in Blade Runner. Everything we ever heard about Japan appeared right before our very eyes. All the electronics, neon and overpopulation. We entered a dream state.”

Trata-se de um excerto de um delicioso texto que o King Britt escreveu para a contracapa da fantástica colectânea: State of The Art - An examination of Nu-Fusion & Future Funk compiled by Dj Mochizuki.
O Japão emerge, cada vez mais, como um país avançado em relação ao seu tempo e Tóquio como uma metrópole futurista onde a cultura digital e a cultura ancestral nipónica se encontram. Nomes como Chari-Chari ou Cornelius ilustram, apenas um pouco do bulício criativo que se vive no país do Sol nascente. Compilada por Dj Mochiziki, esta colectânea dá-nos uma ideia do panorama musical japonês.
Bayaka, Combo Piano, Accoustic Dub Messengers, Soul Bossa trio, Mick, Juzu, Freeman... são alguns dos nomes que estão presentes neste disco (12 no total).
São lançadas pistas para um futuro bem próximo, sendo-nos apresentando um Japão perto do universo manga a oscilar entre títulos como Cowboy Bebop e Akira.
Dou particular destaque à faixa 3 da autoria dos Accoustic Dub Messangers, um desvaneio jazz irresistível e à 9 com um groove cerebral de um tal Mick (esta faixa pode ter efeitos narcóticos em algumas pessoas!)
Se o futuro da música japonesa passar por este disco então que venha rápido!

segunda-feira, 27 de maio de 2002

Exercício de revisão:
Ouvir The serpent's egg ou Aion dos Dead Can Dance.
Parece que os Dead Kennedys (ainda se lembram?) estão de volta. E ameaçam passar por Portugal: a 14 de Julho no Hard Club e a 15 no Paradise Garage. Falta saber qual é a formação. Pelos vistos, o punk não está mesmo dead...

sábado, 25 de maio de 2002

Ras – Rytmic Altered State
Música para uma tarde quente de Verão!
Partindo de uma matriz sonora com raízes negras, este disco consegue ser um prodígio de fusões: soul, hiphop, reggae, afro-beat... tudo isto olhado e reformatado por um europeu de nome Robert Galic, também conhecido por Ras.
É o encontro perfeito entre o melhor das novas correntes electrónicas europeias e o melhor que África tem para nos oferecer.
Quando o calor vier e apertar esta será, sem dúvida, uma boa sugestão para refrescar!
Grande disco.
Com um ph demasiado instável apresento-vos o meu coktail musical para o fim-de-semana.

Einsturzende Neubauten - Godzillla in Mitte (Berlin Babylon)
Stereolab - Percolator (Emperors tomato ketchup)
Bows - Hey vegas (Cassidy)
Sigur Rós - Hún joro (Von)
Anywhen - Postcard (The opiates)
Smashing Pumpkins - Frail and bedazzled (Pisces iscariot)
The Church - Song for the asking (After everything now this)
Speedometer - Nightboat from Alaska (Private)
Brigitte Fontaine - Pipeau (Kekeland)
Kid Loco - Gypsie good time (Kill your darlings)
Sonic Youth - Sugar kane (Dirty)
Saint Etienne - Saturday (The misadventures of ...)
Fug - El diablo (Ready for us)
Há música: quente, feliz, forte, fluída... Há música com: textura, luz, cheiro, alma, cor... há o oposto... e há, também, o prazer de falar sobre música, partilhar percepções e ideias.
Chamo-me Nídio e vou começar a aparecer por aqui.

sexta-feira, 24 de maio de 2002

Como recém chegado a este painel, começarei por enaltecer o trabalho do jovem norueguês Sondre Lerche, intitulado "Faces Down". A julgar pela qualidade deste seu álbum de estreia, é com toda a certeza um nome a acompanhar de perto no futuro.
O nome de Rufus Wainright surge por vezes apontado como referência quando se fala de "Faces Down", no entanto, a audição do álbum transmite uma maturidade musical, no mínimo, invulgar, para um jovem de 19 anos.
Não deixa de ser curioso como num curto espaço de tempo, nos chegam projectos tão interessantes daquele país, cito por exemplo os "Kings of Convenience" e "St. Thomas". O álbum teve a participação de Sean O'Hagan dos High Llamas, responsável pelos arranjos em três temas.
Se ficaram curiosos não deixem de visitar o seu web site em www.sondrelerche.com ou, ainda mais importante, não deixem de ouvir "Faces Down".

quinta-feira, 23 de maio de 2002

E este!?... Com os olhos bem abertos ou bem fechados...
Já visitaram o site dos Add N to (x)? É uma experiência única, carregada de demonstrações de criatividade e de bom uso de tecnologia. À semelhança dos seus discos...
Em resposta à questão do Filipe Brito relativamente ao Hairway to Steven dos Butthole Surfers (quanto a mim o seu melhor trabalho e um dos obrigatórios da década de 80), de facto não conheço nenhuma versão do álbum que traga escritos os nomes das músicas. Elas são identificadas apenas por um pictograma. Mas consegue-se chegar aos nomes das músicas se se cruzar o som de Hairway To Steven com o de Double Live (o tal que está disponível para download no site) que, por sua vez, já tem os nomes das faixas identificados.
... e, entretanto, tinha chegado a minha casa von Sigur Rós. "..." Não! Não é um senhor alemão nem holandês...

quarta-feira, 22 de maio de 2002

Pummm!
Em cheio no alvo!
Ainda ontem falava na confusão que se está a gerar com a edição de dois álbuns (um dos austríacos Mum e outro dos islandeses Múm), e hoje o Filipe envia-me um link para o site da Radio One (BBC) onde este insuspeito órgão de comunicação social faz um destaque à excelente música que tem chegado da Islândia.
Para nosso espanto, a imagem que aparece como sendo do álbum "Yesterday was dramatic? Today is OK" dos islandeses Múm é, nada mais nada menos, do que a capa do trabalho "Mum" dos austríacos Mum!!!
Pelos vistos, a confusão continua.
Ah! Claro que avisei a Radio One do erro que está a cometer.
Visitei o espaço sonoro Walking with thee dos Clinic. Podem fazer o mesmo através do link disponível. Ah! Eventuais contaminações serão facilmente eliminadas com a repetição da visita.

terça-feira, 21 de maio de 2002

BUUU!!! Cheguei para intervir e não perco tempo! Hoje reouvi o Electro Pura dos Yo La Tengo. A "Blue Line Swinger" é talvez das melhores músicas que já ouvi, e digo talvez porque não quero menosprezar outras. E porque agora mesmo, oiço o "Som das Cerejas" e está a passar outra música fantástica: "Fin", dos Pavement. Vai ser difícil não ter o que escrever aqui...
Na sequência do post que o Pedro Portela escreveu sobre o regresso dos Buthole Surfers tenho a dizer-vos que aproveitei para recordar o EP Widowermaker editado em 1989 (julgo que foi edição limitada). Além disso, estive a ouvir uma cassete velhinha onde tenho o álbum Hairway to Steven. Neste caso, encanta-me, sobretudo, a faixa quatro.
A propósito, e se calhar o Pedro é capaz de dar uma ajuda, gostaria de saber se os Buthole Surfers deram nome às diferentes composições que constituem o referido álbum. Fiquei com esta dúvida porque ao tentar descobrir na Net o nome da faixa que referi, reparei que as várias referências vinham sempre sem o nome das oito faixas que o integram.
Antes de se começar a falar de alt country já os Radar Brothers, de Jim Putnam, nos propunham discos deliciosos e mágicos, carregados de paisagens rurais e bucólicas, em que as sedutoras melodias pegam são fio condutor. Pois bem, eles estão de volta com o álbum «And The Surrounding Mountains» que é, no mínimo, aconselhável...
Os Giant Sand acabaram de editar um interessante álbum de versões, onde contam com uma série de amigos a ajudar. O nome mais notável, de entre todos os colaboradores, será o de PJ Harvey que empresta a sua voz num dos 13 temas (15 na versão japonesa do disco). Os originais destes temas foram escritos por gente como PJ Harvey, Nick Cave, Goldfrapp, U2 ou Johnny Cash.
Hoje encontro-me a gravitar en torno de Bent, mais concretamente do magnífico Programmed to love
Existe alguma confusão a propósito dos Mum... ou será Múm?
Na realidade, a confusão nasce com uma terrível coincidência... é que, ao mesmo tempo, duas bandas editam um álbum de originais: os Mum e os Múm. Confusos?
A diferença não está apenas no acento. Existem algumas mais.
Os Mum acabam de editar o álbum "The Szabotnik 15 Mission" (edição da Klein) enquanto que os Múm lançaram agora "Finally we are no-one" (edição Fatcat).
Os Mum são austríacos... os Múm são islandeses.
Menos confusos?
Aqui existem mais pistas: primeira :: segunda :: terceira (esta, um site feito por um fan português dos Múm!!!)
Eu, por mim, quero conhecer ambos.
Desculpem-me... mas penso que a homenagem (ainda que pequena) é merecida.
Fica aqui a referência para quem muito tem feito pela música do mundo: o grupo At-Tambur.
Segue este link.

sexta-feira, 17 de maio de 2002

Sabiam que Beck está a preparar o lançamento de um novo álbum cuja saída está prevista para o último trimestre do ano! Ao que consta ainda não tem nome mas será abundante em sonoridades melódicas com reminiscências do folk da década de 70. Quanto ao estilo esperemos que apareça ao seu melhor nível. Já agora que tal recordar no fim de semana Odelay e deliciarmo-nos com a irreverência irónica contida no clip the new pollution.
Acabei de saber que, em Agosto, temos um novo álbum do projecto Schneider TM. Chama-se "Zoomer" e vai ter um single de avanço no final de Julho.
A não perder!
"The perfect soundtrack to the summer of 2002 even if it rains."
É assim que a LOADED se refere ao novo álbum de Moby.

quinta-feira, 16 de maio de 2002

Depois de muito tempo de ausência, o rock está a começar a trazer-nos propostas interessantes. Que tal confrontarem-se com nomes como ...And You Will Know Us By The Trail Of Dead ou Black Rebel Motorcycle Club? Fica a sugestão...
Neste momento escuto o último álbum dos ...Trail Of Dead ('Source Tags and Codes') e o mínimo que se pode dizer é que é de uma energia a todos os níveis entusiasmante.
É a minha estreia por cá!
Não posso deixar de referir o regresso dos Butthole Surfers. Um grupo sempre polémico, mas que tem vindo a "limar as arestas" mais afiadas do seu som. Mesmo assim sempre estranhos e sempre atractivos. O álbum chama-se 'The Wierd Revolution' e acaba por ser isso mesmo: uma estranha revolução para a carreira do grupo. Visitem o seu web site em Butthole Surfers. Entre outras coisas podem encontrar o famoso duplo-álbum ao vivo (entretanto «desaparecido» das lojas) inteiramente disponível para download. É um concerto da melhor fase da banda...
Estou na quarta audição de "18" e, a cada nova escuta, descubro novos pormenores de beleza. Beleza porque este novo trabalho é bastante mais introspectivo que o seu antecessor (e esse antecessor só é "Play")...
Tem mais brilho!
Explorem "in this world", "signs of love", "one of these mornings" ou "at least we tried".
How does it make you feel? Com toda a certeza que após conheceres bem aquela frase, no âmbito do último trabalho de originais dos Air, muitas coisas te convidarão a sentir melhor.

quarta-feira, 15 de maio de 2002

Cheguei a casa e blume... música que faz parte da colectânea strategies against architecture III dos Einsturzende Neubauten. É uma colecção de temas editados pela mítica banda alemã entre 1991 e 2001.
Pavement. Gosto muito desta banda americana. Trata-se de um daqueles grupos que, apesar de nunca ter vivido um sucesso comercial vistoso, não deixa de ser interessante conhecer os seus trabalhos. Particularmente recomendo crooked rain crooked rain, álbum lançado em Fevereiro de 1994 pela Big Cat.
Estou a explorar o "18" de Moby.
A primeira sensação é facilmente descrita através do clássico "primeiro estranha-se... depois entranha-se".
Começo a ficar surpreendido!
Para já, vamos poder vê-lo no "Herman Sic" a 26 de Maio.
Ouvir o regresso da Cinematic Orchestra é um exercício intenso de criatividade!
Criatividade porque a música empurra-nos para a criação de cenários passíveis de a terem como banda sonora. Talvez por aqui estar "the man with the movie camera"... afinal, uma encomenda da Porto 2001 para o filme de Dziga Vertov.
Depois de "Motion" em 2000, "Everyday" surge com 7 canções - uma para cada dia da semana. E se há dois anos muitos de nós nos surpreendemos com aquela sonoridade, hoje voltamos a apaixonarmo-nos por este estranho mix entre o jazz e alguns dos sons mais modernos.
Absolutamente deliciosas as 2 canções com a voz de Fontella Bass, assim como a combinação Cinematic Orchestra / Roots Manuva!
Para ouvir com cuidado...

terça-feira, 14 de maio de 2002

Um regresso que há muito se esperava, este de Badly Drawn Boy.
É um sério candidato a clássico! Outras pistas podem ser encontradas em "Something to talk about", "Above you, below me" ou "Walking out of stride". Estão aqui 2 vídeos lindíssimos!
...acordei doente, com gripe, neste dia de aspecto triste a fazer lembrar uma estação q afinal ainda não está em hibernação. Mas, entretanto, lá pensei q para me adaptar a dias como este nada melhor q ouvir about a boy de Badly Drawn Boy. É a banda sonora do filme com o mesmo nome do álbum que desperta um encanto a oscilar entre o melancólico e o romântico...
Quem não conhece sempre pode começar por silent sigh... depois é só descobrir o resto!

segunda-feira, 13 de maio de 2002

Uma boa ideia: descobrir "Alice" de Tom Waits.

sexta-feira, 10 de maio de 2002

Em breve, tudo o que se passa no mundo da música. E nos nossos neurónios afinados e ... desafinados.