sexta-feira, 31 de março de 2006

Built to Spill - you in reverse





Pixies... Grandaddy... Pavement... Mercury Rev...
"You in reverse" é um disco fundamental!
Se subtrairmos tudo da nossa mente antes de escutarmos esta obra, apenas com o primeiro tema (e primeiro single: "going against your mind") somos batidos por knock-out. Se continuarmos com "traces" e "liar" é... o fim.
Depois de "saturday" já podem fazer de nós o que quiserem.

AVISO: deve ser escutado na ausência de qualquer tipo de desvio de atenção e com o volume BEM ALTO!

PS: já agora... o grito "who is in my town" tem capacidades hipnóticas ou é algo surrealista ao melhor estilo Gato Fedorento do género "PESCAAAADA"?


Spy From Cairo - an eye on the world (2004)

Moreno Visini (aka Zeb PKA The Spy from Cairo) é filho de pais egípcios nascido em Itália. Ou como ele diz: "...I'm not American, I'm not English, I'm not Egyptian and I'm not Italian - I'm a citizen of the World".
A estória deste disco está intimamente ligada às raízes islámicas de Zeb e ao traumatismo emocional diário, pós 11 de Setembro, de quem vive nos Estados Unidos e tem consciência de que tem uma silhueta associada ao terror. Desse conflito insolúvel surge a faixa don't panic i'm islamic que tem doses equivalentes de ironia e crítica em relação à actual administração bush.
No que diz respeito ao cerne musical deste terceiro registo de Zeb é de referir a excelente qualidade fruto de uma mestiçagem de estilos onde se vislumbra uma boa dose de afro-pop com vozes em formato dub. Após sucessivas passagens fica uma sensação trip-hop com muito hipnotismo!

quarta-feira, 29 de março de 2006



Film School - film school (2006)

Uma forma de cantar (Krayg Burton) que pontualmente recorda Robert Smith (Cure), feedback característico dos My Bloody Valentine e, nalgumas faixas (on & on, pitfalls), uma atmosfera impregnada com a new wave dos Chameleons é aquilo que mais rapidamente sobressai no álbum homónimo dos americanos Film School.
A Beggars Banquet "acredita" que após esta produção de qualidade venha algo com características mais genuínas!

segunda-feira, 27 de março de 2006



DJ Tiga - sexor (2006)

A maturidade musical deste DJ canadiano convida-nos para dança com ritmos diversificados (jungle,house,...) que se adaptam a diferentes modos de sentir os movimentos do corpo.
E também lá está Jake Shears (Scissor Sisters) em you gonna want me...

sexta-feira, 24 de março de 2006



Innocence Mission - now the day is over (2004)

Tudo é simples e tudo é belo... a melodia purifica o espírito!

quinta-feira, 23 de março de 2006

Ambiente Soul



"Experiments In Ambient Soul" é o quarto álbum dos The Dining Rooms. É uma fantástica viagem por mundos do funk e do jazz, que nos transporta para longe destes tristes dias de inverno. Tenho ouvido com muita frequência este trabalho e fica-me sempre no ouvido a excelente primeira faixa intitulada "No problem".

Como parte do processo evolutivo do grupo, tendo por base a experiência dee concertos ao vivo, surgiu a ideia de criar um álbum menos centrado em samplers, resultando num trabalho mais sólido ao nível da produção. Neste trabalho colaboram Don Freeman, Amraah 8, Sean Martin, Hugo Race e Marta Collica.

The Dining Rooms são Stefano Ghittoni e Cesare Malfatti.
Stefano Ghittoni, é o DJ residente do Magazzini Generali em Milão. Cesare Malfatti, é membro fundador do projecto'La Crus'. Os dois juntaram-se em 1998 e lançaram no início do ano seguinte o seu primeiro álbum "Subterranean Modern Volume 1".

quarta-feira, 22 de março de 2006



Fugazi - end hits (1998)

Um álbum excelente que renova o espírito punk tal como o próprio título faz subentender.
Com uma instrumentação de qualidade atípica em relação a bandas que viveram o período punk com muita energia nas guitarras, end hits mostra como se podem encaixar tempestades de feedback na magia de um baixo sabiamente tocado. A voz e bateria amplificam o contexto post-punk.

segunda-feira, 20 de março de 2006



stockholm beats

Air - sexy boy (etienne de crecy e les flower pistols remix)
Björk - who is it (vitalic mix)
Clearlake - it's getting light outside
DJ Tiga - far from home
Engineers - said and done
Film School - on & on
Gang of Four - i love a man in uniform (yeah yeah yeahs remix)
Grandaddy - guide down denied
Knife - marble house / f as in knife
Maria Peszek - moje miasto
Martha Wainwright - the maker
Kylie Minogue - can't get you out of my head (new order remix)
Strokes - you only live once
Moloko - the time is now (live)
Royksopp - what else is there (live)

sábado, 18 de março de 2006

um espaço só para mim?


voltar a ser pequenino, como gota de chuva...
um Inverno na alma... e uma crepitante lareira, contente, nos ouvidos...

sexta-feira, 17 de março de 2006



Flaming Lips - at war with the mystics (2006)

quinta-feira, 16 de março de 2006



White Birch - star is just the sun (2002)

A arquitectura musical dos noruegueses White Birch remete-nos para um contexto melódico onde nomes como Bark Psychosis, Sigur Rós, Perry Blake ou Jay Jay Johanson são a referência que melhor caracteriza um tipo de música que tem nas palavras subtilmente escolhidas e na melancolia intimista um epicentro comum.
Breathe, love is so real ou beauty king são faixas que infelizmente desconheci durante anos... até há dias!

quarta-feira, 15 de março de 2006



Skalpel - skalpel (2004)

Marcin Cichy e Igor Pudlo (Skalpel) são o dois DJs e produtores da Polónia que chegaram ao universo da Ninja Tune através da indicação de DJ Vadim.
Os riffs do baixo em concorrência com a bateria numa melodia que alterna com momentos de alguma latência romântica (piano, saxofone e voz com aparições minimalistas) fazem de skalpel um álbum jazz multifacetado.
A beleza da sonoridade cinéfila dos Cinematic Orchestra é a atmosfera que melhor se assemelha ao charme deste registo nouvel jazz.

domingo, 12 de março de 2006



são rubis... são pérolas... são esmeraldas... são ametistas... são diamantes... são topázios... são...

sexta-feira, 10 de março de 2006



Knife - silent shout (2006)

O terceiro álbum dos suecos Knife confirma a qualidade de Olof Dreijer e Karin Dreijer Andersson e demonstra como existe um espírito destemido na forma como arquitectam as suas composições. Num primeiro contacto com silent shout pode suceder, sobretudo se isso coincidir com a primeira abordagem ao percurso da banda, que aparentamos estar perante um álbum caótico governado por electrónica impulsiva onde tudo é sintetizado, inclusive a voz idílica e invulgar de Karin (a faixa what else is there de Royksopp, a versão ao vivo é divina, mostra como Karin humaniza a parafernália instrumental com uma doçura inata... Bjork é um caso semelhante).
Na verdade, a aparente ausência de uma estrutura condutora que nos leve pela música é irreal... existe é um despertar de sensações fruto do experimentalismo intencionalmente introduzido para que a atmosfera electroclash dance não seja um somatório de peças vulgares.
...
Envolvente e fenomenal!

quarta-feira, 8 de março de 2006



Dears - protest (2004)

Este magnífico EP que surgiu do ímpeto para o exercício da cidadania (tempos em que a oposição à administração bush estava intensa) mostra que a banda de Murray Lightburn tem muito talento a transmitir.
Sobre a faixa summer of protest existe um véu de saudosismo cujo referencial é o tremendo início de unknown pleasures (Joy Division).

segunda-feira, 6 de março de 2006



Donna Maria - tudo é para sempre (2004)

Donna Maria são um trio da grande Lisboa, com Marisa Pinto na voz, Miguel A. Majer na bateria e programações e Ricardo nos teclados e samplers. Têm fortes influências da música electrónica e uma alma profundamente portuguesa bem patente no recurso a instrumentos tradicionais, como a guitarra portuguesa ou o acordeão. Neste contexto, os Donna Maria pretendem devolver a desejada frescura à Música Portuguesa através da sua visão electrónica e contemporânea.
"Tudo É Para Sempre" é um disco que respira Portugalidade. Conta com uma mão cheia de compositores e a especial participação de artistas Portugueses e Brasileiros. A saber: Duetos com Paulo de Carvalho, Vitorino (no brilhante "Lado A Lado", uma versão de um clássico popularizado por Tony de Matos), Pedro Luís e a Parede, Letícia Vasconcelos. O álbum conta ainda com a colaboração de Ciro Cruz (baixista de Gabriel O Pensador, um musico de eleição), Paulinho Moska (um dos mais conceituados compositores brasileiros, honrou os Donna Maria com uma belíssima canção) e Gil do Carmo (na declamação do poema que encerra o álbum).

Para além dos originais de Donna Maria, e do já mencionado tema de Tony de Matos, "Tudo É Para Sempre" incluí ainda versões de "Estou Além" (António Variações) e de "Foi Deus" (Amália).
:: At-Tambur.com

sexta-feira, 3 de março de 2006



Fragile State - voices from the dust bowl (2004)

O teclista Neil Cowley (Zero 7) e o jornalista Ben Mynott são o duo criador da sonoridade downtempo dos Fragile State.
Aquela melodia que encanta nos Air ou Zero 7 é a linha que atravessa voices from the dust bowl. Trata-se de um álbum onde a beleza melódica da atmosfera que vai emergindo ao longo das onze faixas é regeneradora e tranquilizante. No final fica uma sensação de relaxamento muito semelhante à que ocorre na elegância de distractions (simple things).

quinta-feira, 2 de março de 2006

"Just like the fambly cat" sai a 9 de Maio próximo e promete acalmar os espíritos mais inquietos que já ansiavam há muito por mais um conjunto de fenomenais canções dos Grandaddy.

jeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeez louiiiiiiiiiiiiiiise......

quarta-feira, 1 de março de 2006



Tony Gatlif - exils (2004)

Exils é a banda sonora do filme homónimo que mereceu destaque no Festival de Cannes de 2004.
Tony Gatlif, realizador e autor da banda sonora, mostra como o poder da música se pode fundir nas profundezas de imagens carregadas de temperamento e emoção. As raízes perdidas na Argélia e a sua vivência andaluza são o fio condutor de uma estória onde a música cigana é sempre protagonista.