sexta-feira, 9 de dezembro de 2005
Yonderboi - splendid isolation (2005)
Lászlo Fogarasi, jovem com o nome artístico Yonderboi que encantou a noite de Budapeste e que acabou por ser condecorado no seu país após o encantamento generalizado com shallow and profound (2000), acaba de lançar splendid isolation, sucessor da obra-prima que lhe deu a notoriedade merecida em terras dos magiares e, também, além fronteiras.
A atmosfera, embora continue downtempo, está electrificada por pequenas sofisticações pop que só um registo futuro permitirá verificar se foi estética de circunstância ou alinhamento para aprofundar.
O que parece nítido é a inteligência como Yonderboi sabe colher arranjos, frases (amor é a faixa cantada em italiano que parece predestinada às colectâneas de noites arábicas onde muitas vezes ouvimos another geometry ou pabadam) e vocalizações dispersas para criar uma canção nova que soa a muita coisa, mas que na realidade é nova e apetece ouvir.
Em suma, apraz-me dizer que este álbum sofre do mesmo mal que o segundo registo dos Zero 7 em relação à estreia com simple things: é bom... o problema é que o primeiro era excelentíssimo.
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