Oh Sombra!
Como aquel que en soñar gusto recibe,
su gusto procediendo de locura,
así el imaginar con su figuravanamente su gozo en mí concibe.
Otro bien en mí, triste, no se escribe,
si no es aquel que en mi pensar procura;
de cuanto ha sido hecho en mi ventura
lo sólo imaginado es lo que vive.
Teme mi corazón de ir adelante,
viendo estar su dolor puesto en celada;
y así revuelve atrás en un instante
a contemplar su gloria ya pasada.
¡Oh sombra de remedio inconstante,
ser en mí lo mejor lo que no es nada!
Juan Boscán (1490 - 1542) (poeta castelhano)
poema em inglês
sexta-feira, 30 de abril de 2004
e se toda a música tivesse de ser chamas, toda a música seria como o Synthstatic dos Skywave…
são guitarras incendiadas, shoegazer visceral em pirólise, turbilhando tsunamis, majestosos baixos fumegantes, Daniel Ash e Robin Guthrie passeiam por aqui, dreampop levantando aquelas atmosferas cor-de-rosa, que nos envolvem ao ouvirmos The Jesus & Mary Chain, Love & Rockets, My Bloody Valentine e sobretudo, The Chameleons (nothing left to say, life to take your hand e o hino, over and over…)… 14 faixas ardentes, catapulta para a fogueira sonora dos anos 80, em que ainda eramos meninos…
saiu em 2003, na Blisscent Records/ Allison
são guitarras incendiadas, shoegazer visceral em pirólise, turbilhando tsunamis, majestosos baixos fumegantes, Daniel Ash e Robin Guthrie passeiam por aqui, dreampop levantando aquelas atmosferas cor-de-rosa, que nos envolvem ao ouvirmos The Jesus & Mary Chain, Love & Rockets, My Bloody Valentine e sobretudo, The Chameleons (nothing left to say, life to take your hand e o hino, over and over…)… 14 faixas ardentes, catapulta para a fogueira sonora dos anos 80, em que ainda eramos meninos…
saiu em 2003, na Blisscent Records/ Allison
quinta-feira, 29 de abril de 2004
Magnus Carlsson é o vocalista que lidera e carrega as influências do suecos Weeping Willows. Em 1997 começaram uma carreira onde revelaram aproximações à música country ou ao som rockabilly. Passados sete anos editam o quinto trabalho (Março de 2004) com a designação presence.
Neste álbum o epicentro musical revela um rock sentimental onde a voz de Carlsson percorre magistralmente o universo Morrissey/Smiths. Pontualmente, Ian McCulloch ou Dave Gahan também parecem querer juntar-se a Morrissey!
Espanha vai baixar IVA sobre a música para 4%
A ministra da Cultura espanhola, Carmen Calvo, anunciou esta quinta-feira que o Imposto de Valor Acrescentado (IVA) sobre os produtos musicais vai baixar de 16% para 4%, uma redução que também se reflectirá nos livros, de 4% para 1%, de acordo com o prometido pelo PSOE durante a campanha eleitoral.
::Recortado do DiscoDigital.
A ministra da Cultura espanhola, Carmen Calvo, anunciou esta quinta-feira que o Imposto de Valor Acrescentado (IVA) sobre os produtos musicais vai baixar de 16% para 4%, uma redução que também se reflectirá nos livros, de 4% para 1%, de acordo com o prometido pelo PSOE durante a campanha eleitoral.
::Recortado do DiscoDigital.
Daft Punk - Discovery
Uma boa música não faz um bom disco tal como uma má música não faz um mau disco. No passado recente houve um disco em particular que sofreu devido a um tema infeliz. Para mim, a sua inclusão no álbum só faz sentido porque os autores tinham a consciência de que sem ele o disco seria um fracasso comercial. Ouvi vezes sem conta Discovery dos Daft Punk. É claro que fazia batota, começava sempre a audição no tema dois e quando recomeçava, a casa de partida era, simplesmente, ignorada. Havia muita coisa que me escapava e por isso me inquietava, muito do que eu abominava musicalmente era repescado em vários momentos do disco: a primeira vez que ouvi a guitarrada de Aerodynamic apeteceu-me rir. O disco tinha uma matriz house clara, contudo, existiam elementos estranhíssimos que remetiam para uma certa estética dos anos 80 que nunca me agradou. Só que simplesmente não conseguia resistir, ouvi vezes sem conta. O que estranhava em Discovery entranhou-se em muito daquilo que actualmente ouço, de forma mais ou menos explicita, desde os Fischersponner até aos mais recentes Scissor Sisters. Os Daft Punk arriscaram muito em Discovery, quase deitaram tudo a perder com um mau tema mas acho que está na altura de revisitar este disco e lhe dar a devida importância. Posso ainda acrescentar um motivo extra, o dvd Interstella 5555. Em colaboração com o japonês Kazuhisa Takenôchi os Daft Punk deram continuidade aos fabulosos vídeos que este produziu para os singles do álbum e transformaram Discovery numa espécie de banda sonora de um musical-anime-sci-fic.
Uma boa música não faz um bom disco tal como uma má música não faz um mau disco. No passado recente houve um disco em particular que sofreu devido a um tema infeliz. Para mim, a sua inclusão no álbum só faz sentido porque os autores tinham a consciência de que sem ele o disco seria um fracasso comercial. Ouvi vezes sem conta Discovery dos Daft Punk. É claro que fazia batota, começava sempre a audição no tema dois e quando recomeçava, a casa de partida era, simplesmente, ignorada. Havia muita coisa que me escapava e por isso me inquietava, muito do que eu abominava musicalmente era repescado em vários momentos do disco: a primeira vez que ouvi a guitarrada de Aerodynamic apeteceu-me rir. O disco tinha uma matriz house clara, contudo, existiam elementos estranhíssimos que remetiam para uma certa estética dos anos 80 que nunca me agradou. Só que simplesmente não conseguia resistir, ouvi vezes sem conta. O que estranhava em Discovery entranhou-se em muito daquilo que actualmente ouço, de forma mais ou menos explicita, desde os Fischersponner até aos mais recentes Scissor Sisters. Os Daft Punk arriscaram muito em Discovery, quase deitaram tudo a perder com um mau tema mas acho que está na altura de revisitar este disco e lhe dar a devida importância. Posso ainda acrescentar um motivo extra, o dvd Interstella 5555. Em colaboração com o japonês Kazuhisa Takenôchi os Daft Punk deram continuidade aos fabulosos vídeos que este produziu para os singles do álbum e transformaram Discovery numa espécie de banda sonora de um musical-anime-sci-fic.
Dandy Warhols: "The Black Album"
Os britânicos Dandy Warhols colocaram o muito falado álbum «perdido», "The Black Album", disponível para download no site oficial da banda.
::Li no cotonete
Os britânicos Dandy Warhols colocaram o muito falado álbum «perdido», "The Black Album", disponível para download no site oficial da banda.
::Li no cotonete
quarta-feira, 28 de abril de 2004
Sonic Youth - a thousand leaves (1998)
Para apresentar os Sonic Youth é preciso recuar ao início da década de oitenta e perceber o salto qualitativo que eles introduziram na música pop/rock! Criaram um modelo de afinação de guitarras. Desenharam autênticos laboratórios sonoros.
Instituíram uma forma de estar na música. Editaram sucessivos trabalhos que a crítica não se atrevia a desvalorizar.
Em thousand leaves tudo isto é verdade. Os poemas cantados são felizes na coabitação com a anti-melodia! A melodia existe. É preciso gostar de descobri-la no meio do encanto experimental e dos sons triturados.
Na penosa síntese final fica sempre a dicotomia entre o experimentalismo abstracto e a construção melódica.
terça-feira, 27 de abril de 2004
e enquanto deambulava pelas anémicas alamedas de Lamaçães, entre as tabágicas fachadas das Enguardas, por Senhora-a-Branca e a despedaçada arquitectura de Braga, mais bela se torna a Arquitectura em Helsínquia…
segunda-feira, 26 de abril de 2004
DJ Signify – “Sleep No More”
Lex, 2004
uma audição primeira, que me torna urgente, já uma segunda e decerto, vai ser um disco para todo o ano, para todos e muitos…hip-hop soturno, intimista, gótico, com laivos sonoros acordando a Ninja Tune, Silent Poets ou Kid Loco…
--- --- ---
Kid Spatula – “Meast”
Planet Mu, 2004
uma rosa-de-ventos de novos sons, num duplo CD fantástico, dum dos pioneiros da nova onda da música electrónica, Mike Paradinas. Uma elegante proposta, do tape-error404.
Lex, 2004
uma audição primeira, que me torna urgente, já uma segunda e decerto, vai ser um disco para todo o ano, para todos e muitos…hip-hop soturno, intimista, gótico, com laivos sonoros acordando a Ninja Tune, Silent Poets ou Kid Loco…
--- --- ---
Kid Spatula – “Meast”
Planet Mu, 2004
uma rosa-de-ventos de novos sons, num duplo CD fantástico, dum dos pioneiros da nova onda da música electrónica, Mike Paradinas. Uma elegante proposta, do tape-error404.
quinta-feira, 22 de abril de 2004
... Música
... Jazz, Nu Jazz, Chill-Out, Downtempo, Easy Listen, Downbeat, Drum'n'Bass, Spoken Word
... Opiniões e devaneios sobre a minha CDteca
...Novo blog Audições.
... Jazz, Nu Jazz, Chill-Out, Downtempo, Easy Listen, Downbeat, Drum'n'Bass, Spoken Word
... Opiniões e devaneios sobre a minha CDteca
...Novo blog Audições.
Em 1999 Tim Robbins realizou o filme cradle will rock, cuja banda sonora integra a música nickel under your foot de PJHarvey.
Nos quase três minutos de duração desta faixa deparamo-nos com um momento divino de rara inspiração...
Obs.: esta música também fez parte do alinhamento que a cantora inglesa levou para as peel sessions em 2000.
Maybe you wonder what it is
Makes people good or bad
Why some guy, an ace without a doubt
Turns out to be a bastard
And the other way about
I'll tell you what I feel
It's just the nickel under the heel
Oh you can live like hearts and flowers
And everyday is a wonderland tour
Oh you can dream and scheme and happily put
And take, take and put
But first be sure
That nickel's under your foot
Go stand on someone's neck while you take him
Cut into somebody's throat as you put
For every dream and scheme, depending on whether
All through the storm
You've kept it warm
That nickel under your foot
And if you're sweet then you'll grow rotten
Your pretty heart covered over with soot
And if for once you're gay and devil-may-care-less
And oh so hot
I'll know you've got
That nickel under your foot
Nos quase três minutos de duração desta faixa deparamo-nos com um momento divino de rara inspiração...
Obs.: esta música também fez parte do alinhamento que a cantora inglesa levou para as peel sessions em 2000.
Maybe you wonder what it is
Makes people good or bad
Why some guy, an ace without a doubt
Turns out to be a bastard
And the other way about
I'll tell you what I feel
It's just the nickel under the heel
Oh you can live like hearts and flowers
And everyday is a wonderland tour
Oh you can dream and scheme and happily put
And take, take and put
But first be sure
That nickel's under your foot
Go stand on someone's neck while you take him
Cut into somebody's throat as you put
For every dream and scheme, depending on whether
All through the storm
You've kept it warm
That nickel under your foot
And if you're sweet then you'll grow rotten
Your pretty heart covered over with soot
And if for once you're gay and devil-may-care-less
And oh so hot
I'll know you've got
That nickel under your foot
Espers – “Espers”
locust music, 2004
para equilibrar as vibrações da audição anterior, uma proposta mais tranquila. Uma mistura de folk britânica e ritmos jazzísticos, resultando numa fantasia sonora medieval, em que guitarras, violinos, harpas, cellos e vozes, apoiados num teclado e percussões macias, caiem como o conforto de um lençol, na garganta da noite…
locust music, 2004
para equilibrar as vibrações da audição anterior, uma proposta mais tranquila. Uma mistura de folk britânica e ritmos jazzísticos, resultando numa fantasia sonora medieval, em que guitarras, violinos, harpas, cellos e vozes, apoiados num teclado e percussões macias, caiem como o conforto de um lençol, na garganta da noite…
Philip Jeck – “7”
Touch, 2004
um som diferente, distante como os asteróides, negro, zumbidos de terramotos, pesadelos uivantes e… o reflexo; outro som, familiar, melodias de vinilos dos anos 40, presas, rodopios distorcidos, que nos cobrem de sombras e nos comem os ouvidos…
são 7 trilhas, dum 7.º álbum do gajo que me roubou a tez, Philip Jeck
Touch, 2004
um som diferente, distante como os asteróides, negro, zumbidos de terramotos, pesadelos uivantes e… o reflexo; outro som, familiar, melodias de vinilos dos anos 40, presas, rodopios distorcidos, que nos cobrem de sombras e nos comem os ouvidos…
são 7 trilhas, dum 7.º álbum do gajo que me roubou a tez, Philip Jeck
quarta-feira, 21 de abril de 2004
Paris...
Acordeão!
Ambiente de fanfarra, trompete, trombone,
contrabaixo... saxofone.
Canções encostadas ao piano e poesia.
Estas são as referências musicais que Benabar faz coabitar no excelente trabalho, editado em 2001, com designação homónima.
o regresso de dois magos, duas vozes soberanas, Devendra e Blixa Bargeld, dois dos maiores deste ano.
penso que já foram aqui referidos pelo Nídio Amado, mas ao ouvi-los e reouvi-los, era impossível deixá-los de destacar…
Devendra Banhart - “Rejoicing in the Hands”
young god, 2004
Einsturzende Neubauten - “Perpetuum Mobile”
mute, 2004
penso que já foram aqui referidos pelo Nídio Amado, mas ao ouvi-los e reouvi-los, era impossível deixá-los de destacar…
Devendra Banhart - “Rejoicing in the Hands”
young god, 2004
Einsturzende Neubauten - “Perpetuum Mobile”
mute, 2004
terça-feira, 20 de abril de 2004
Iggy Pop e Tom Waits a conversar numa mesa de café? coffee and cigarettes
Mão Morta - nus
Entre "gumes" e a "morgue" vai, talvez, a maior distância alguma vez percorrida pelos Mão Morta.
Em "nus", os Mão Morta continuam a ser a banda de sempre mas, ao mesmo tempo, espreitam planetas vizinhos.
Apetece-me pedir ao Miguel Pedro, ao Adolfo, ao Rafael (e a todos os outros)... que façam já o sucessor e que ousem ainda mais. Que se universalizem ainda mais...
Não é fácil encontrar uma banda que evolua assim sem nunca perder a sua própria identidade!
E se depois...
Entre "gumes" e a "morgue" vai, talvez, a maior distância alguma vez percorrida pelos Mão Morta.
Em "nus", os Mão Morta continuam a ser a banda de sempre mas, ao mesmo tempo, espreitam planetas vizinhos.
Apetece-me pedir ao Miguel Pedro, ao Adolfo, ao Rafael (e a todos os outros)... que façam já o sucessor e que ousem ainda mais. Que se universalizem ainda mais...
Não é fácil encontrar uma banda que evolua assim sem nunca perder a sua própria identidade!
E se depois...
segunda-feira, 19 de abril de 2004
Winning days é o segundo álbum dos australianos Vines. Entre semelhanças com os Strokes, White Stripes ou uma certa forma de pensar e fazer o grunge está a música desta banda. As particularidades que cativam neste trabalho não são tanto a originalidade, mas sim a energia e carisma que Craig Nicholls transporta para as canções. Ride é o tema que abre o disco, formatando o estilo dos Vines em rádios e televisões, no entanto é com tv pro que emerge a verdadeira raiva psicadélica de Nicholls.
sexta-feira, 16 de abril de 2004
Bjork dá sinais de vida
A cantora islandesa Björk encontra-se em estúdio a gravar alguns dos temas para o seu próximo álbum, que deverá ser editado no final do ano, revela o site oficial da cantora.
Björk está a trabalhar com o japonês Dokaka, conhecido por versões acapella de temas como «Smells Like Teen Spirit» dos Nirvana.
Recortado: DiscoDigital
A cantora islandesa Björk encontra-se em estúdio a gravar alguns dos temas para o seu próximo álbum, que deverá ser editado no final do ano, revela o site oficial da cantora.
Björk está a trabalhar com o japonês Dokaka, conhecido por versões acapella de temas como «Smells Like Teen Spirit» dos Nirvana.
Recortado: DiscoDigital
The Darkness no Festival de Lisboa
Os britânicos The Darkness actuam em Portugal no próximo dia 16 de Julho. Nesse mesmo dia também actuam Iggy Pop & The Stooges.
Vi no: Cotonete
Os britânicos The Darkness actuam em Portugal no próximo dia 16 de Julho. Nesse mesmo dia também actuam Iggy Pop & The Stooges.
Vi no: Cotonete
quinta-feira, 15 de abril de 2004
Tony Gatlif (Michel Dahmani é o seu nome verdadeiro) nasceu na Argélia oriundo de uma família de ciganos andaluzes. O seu considerável currículo cinematográfico e notável dedicação à interpretação da alma cigana teve início no início da década de 70.
No filme gadjo dilo (1997) apresenta-se como realizador e autor de uma banda sonora que nos transporta para a intricada e dramática vida de uma aldeia cigana no tempo que antecedeu a ascensão ao poder do ditador Ceaucescu na Roménia.
Num universo de comportamentos em que a música é o elemento aglutinador, Gatlif percorre o sofrimento e as alegrias desta aldeia em busca de sentimentos genuínos que só a etnia cigana compreende. No final, restam-nos muitas interrogações e a música... música carregada de emoções!
Electrelane – “The Power Out”
2004, Too Pure
apetece chamar-lhe o álbum "copo-de-água", por se tomar sempre bem e surgir como um dos trabalhos mais refrescantes deste início de ano… são uma banda de meninas, classificadas na “onda de Brighton”, juntando tanto som e duma forma tão límpida, num só disco de 11 temas, que se ouve vezes incontáveis…
2004, Too Pure
apetece chamar-lhe o álbum "copo-de-água", por se tomar sempre bem e surgir como um dos trabalhos mais refrescantes deste início de ano… são uma banda de meninas, classificadas na “onda de Brighton”, juntando tanto som e duma forma tão límpida, num só disco de 11 temas, que se ouve vezes incontáveis…
quarta-feira, 14 de abril de 2004
Pactrick Wolf – “Lycanthropy”
2003, Faith & Industry
era uma vez um miúdo irlandês que foi para Londres, sonhando com a Royal Orchestra… começou pela viola, violino, harpa, flauta, acordeão, até parar nos modernos uivos eléctricos, metamorfoseado num majestoso lobo enlouquecido… Lycanthropy revela um pouco de tudo isso; desde a suavidade das cordas das violas e sinfonia primaveril dos grilos, a imensidão medieval e da montanha do uivo dos lobos, até faixas frenéticas e cheias de pulgas como, bloodbeat, a boy like me, London... Para quem já gosta de lobos, ouvir Pactrick Wolf levanta a saudade para regressarmos às alcateias do Montesinho e Gerez e à paz dos fenos…
2003, Faith & Industry
era uma vez um miúdo irlandês que foi para Londres, sonhando com a Royal Orchestra… começou pela viola, violino, harpa, flauta, acordeão, até parar nos modernos uivos eléctricos, metamorfoseado num majestoso lobo enlouquecido… Lycanthropy revela um pouco de tudo isso; desde a suavidade das cordas das violas e sinfonia primaveril dos grilos, a imensidão medieval e da montanha do uivo dos lobos, até faixas frenéticas e cheias de pulgas como, bloodbeat, a boy like me, London... Para quem já gosta de lobos, ouvir Pactrick Wolf levanta a saudade para regressarmos às alcateias do Montesinho e Gerez e à paz dos fenos…
terça-feira, 13 de abril de 2004
segunda-feira, 12 de abril de 2004
domingo, 11 de abril de 2004
Em audição...
To Rococo Rot - Hotel Morgen
Animal Collective - Sung Tongs
Jolie Holland - Escondida
Blockhead - Music by Cavelight
Graham Coxon - Happiness in Magazines
N.E.R.D. - Fly or Die
The Magnetic Fields - i
Dj Kicks - Erlend Oye
Throbbing Gristle - Mutant Tg
Superpitcher - Here Comes Love
Robert Randolph & The Family Band - Unclassified
Miss Kittin - i Com
ill Lit - i Need You
Califone - Heron King Blues
To Rococo Rot - Hotel Morgen
Animal Collective - Sung Tongs
Jolie Holland - Escondida
Blockhead - Music by Cavelight
Graham Coxon - Happiness in Magazines
N.E.R.D. - Fly or Die
The Magnetic Fields - i
Dj Kicks - Erlend Oye
Throbbing Gristle - Mutant Tg
Superpitcher - Here Comes Love
Robert Randolph & The Family Band - Unclassified
Miss Kittin - i Com
ill Lit - i Need You
Califone - Heron King Blues
Destaco...
Jolie Holland - Escondida
A delicadeza da música de Jolie Holland. Em "Escondita" confirma todo o talento que mostrava em "Catalpa". Gosto, em particular, do tom de nostálgico que percorre todo o disco. A sua música remete para o tempo em que os rádios tinham um lugar de destaque, para uma América interior, rural, do meio do século passado.
Jolie Holland - Escondida
A delicadeza da música de Jolie Holland. Em "Escondita" confirma todo o talento que mostrava em "Catalpa". Gosto, em particular, do tom de nostálgico que percorre todo o disco. A sua música remete para o tempo em que os rádios tinham um lugar de destaque, para uma América interior, rural, do meio do século passado.
sábado, 10 de abril de 2004
Blockhead - Music By Cavelight
A Ninja Tune, que este ano só tinha conseguido dar um ar da sua graça com repescagens do seu catálogo nas colectâneas "zencd" e "zenrmx", apresenta, finalmente, um bom lançamento. Em "Music by Cavelight" fica demonstrado que o hiphop é um terreno onde ainda existe muito espaço para a experimentação.
A Ninja Tune, que este ano só tinha conseguido dar um ar da sua graça com repescagens do seu catálogo nas colectâneas "zencd" e "zenrmx", apresenta, finalmente, um bom lançamento. Em "Music by Cavelight" fica demonstrado que o hiphop é um terreno onde ainda existe muito espaço para a experimentação.
quarta-feira, 7 de abril de 2004
segunda-feira, 5 de abril de 2004
domingo, 4 de abril de 2004
Joy Division (closer - 1980)
"This is the way, step inside"
"... Quanto à subida ao mundo superior e à visão do que lá se encontra, se a tomares como a ascensão da alma ao mundo inteligível, não iludirás a minha expectativa, já que é teu desejo conhecê-la. O Deus sabe se ela é verdadeira. Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a custo, a ideia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que ela é para todos a causa de quanto há de justo e belo; que, no mundo visível, foi ela que criou a luz, da qual é senhora; e que, no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para se ser sensato na vida particular e pública."
alegoria da caverna
PS: um disco que se assemelha a um testamento espiritual!
sábado, 3 de abril de 2004
Yonderboi – “Rough and Rare”
mole, 2001
Lászlo Fogarasi Jr., um puto de 19 anos, que há 3 anos pôs a Hungria na boca do mundo das novas correntes musicais, com Shallow & Profound, já foi aqui destacado várias vezes pelo Filipe Brito. O moço, Yonderboi, possui ainda um segundo conjunto de 17 músicas, Rough and Rare, com a beleza e encanto singulares, muito próprios deste magiar. De blazer à vedeta do cinema preto e branco dos anos 60, continua neste álbum, com as maravilhosas fábulas sonoras, como almost sweet, mintamokus, rádio elementari,…
mole, 2001
Lászlo Fogarasi Jr., um puto de 19 anos, que há 3 anos pôs a Hungria na boca do mundo das novas correntes musicais, com Shallow & Profound, já foi aqui destacado várias vezes pelo Filipe Brito. O moço, Yonderboi, possui ainda um segundo conjunto de 17 músicas, Rough and Rare, com a beleza e encanto singulares, muito próprios deste magiar. De blazer à vedeta do cinema preto e branco dos anos 60, continua neste álbum, com as maravilhosas fábulas sonoras, como almost sweet, mintamokus, rádio elementari,…
Antena – “Camino del Sol”
Factory Benelux, 1980; r: Numero Group, 2004
outro álbum recente aqui por casa, é este Camino del Sol, com quase 25 anos… ou melhor, alguns dias, visto que a gravação inicial (na Factory records), apenas contava 5 faixas, sendo já nos anos 90, pelas mãos da Crepuscule e agora, pela numero group, que se juntaram os restantes temas, até então, dispersos por diversos LP´s.
Antena é o apelido de uma senhora parisiense, Isabelle, que com outros 2 amigos, pegaram nos electro-ritmos dos “velhinhos” Kraftwerk e sons latinos sul americanos dos finais de 70, para criarem um novo estilo de música electrónica multi-étnica, que mais tarde atingiria o apogeu, com bandas como os Stereolab, Pizzicato Five, ou mesmo… os Air.
faixas como Achilles, Bye Bye Papaye, Silly things, Camino del Sol, são verdadeiras preciosidades, impregnadas de tanta nostalgia (oh, a factory, a factory!...), como de um som actual e… aquele Sol que, se ama, sempre…
Factory Benelux, 1980; r: Numero Group, 2004
outro álbum recente aqui por casa, é este Camino del Sol, com quase 25 anos… ou melhor, alguns dias, visto que a gravação inicial (na Factory records), apenas contava 5 faixas, sendo já nos anos 90, pelas mãos da Crepuscule e agora, pela numero group, que se juntaram os restantes temas, até então, dispersos por diversos LP´s.
Antena é o apelido de uma senhora parisiense, Isabelle, que com outros 2 amigos, pegaram nos electro-ritmos dos “velhinhos” Kraftwerk e sons latinos sul americanos dos finais de 70, para criarem um novo estilo de música electrónica multi-étnica, que mais tarde atingiria o apogeu, com bandas como os Stereolab, Pizzicato Five, ou mesmo… os Air.
faixas como Achilles, Bye Bye Papaye, Silly things, Camino del Sol, são verdadeiras preciosidades, impregnadas de tanta nostalgia (oh, a factory, a factory!...), como de um som actual e… aquele Sol que, se ama, sempre…
quinta-feira, 1 de abril de 2004
Destroyer – “Your Blues”
merge, 03.2004
bem… sinto que nunca foi tão fácil e, ao mesmo tempo, tão vasto, falar de um disco… Your Blues é aquela prenda que um amigo oferece a outro amigo, que se sabe gostar de música… é aquele CD, que podemos passar na sala lá de casa, para fazer os pais dizer “afinal o nosso filho não ouve só música maluca”… é aquele disco que podemos fazer acompanhar uma cérelac, enquanto se mudam umas fraldas johnson ao guri… pode ser tudo, porque todos o quererão ouvir…
Destroyer é um projecto a solo do New Pornographers Dan Bejar, onde se atira de corpo e alma ao mundo sónico do pop dos anos 80, fundindo ao longo de 12 faixas, amostras sinfónicas, vocais, ritmos do per-classicismo à Karl Jenkins, com percurssões lembrando In the Nursery, bebendo atmosferas de Prefab Sprout e Everything But the Girl, e ainda, o cheiro de momentos de Bowie, Corgan, Morrisey dos The Smiths…
É mais um grande momento da Merge, depois do duplo dos Lambchop. E continua o “Viva 2004!...”
merge, 03.2004
bem… sinto que nunca foi tão fácil e, ao mesmo tempo, tão vasto, falar de um disco… Your Blues é aquela prenda que um amigo oferece a outro amigo, que se sabe gostar de música… é aquele CD, que podemos passar na sala lá de casa, para fazer os pais dizer “afinal o nosso filho não ouve só música maluca”… é aquele disco que podemos fazer acompanhar uma cérelac, enquanto se mudam umas fraldas johnson ao guri… pode ser tudo, porque todos o quererão ouvir…
Destroyer é um projecto a solo do New Pornographers Dan Bejar, onde se atira de corpo e alma ao mundo sónico do pop dos anos 80, fundindo ao longo de 12 faixas, amostras sinfónicas, vocais, ritmos do per-classicismo à Karl Jenkins, com percurssões lembrando In the Nursery, bebendo atmosferas de Prefab Sprout e Everything But the Girl, e ainda, o cheiro de momentos de Bowie, Corgan, Morrisey dos The Smiths…
É mais um grande momento da Merge, depois do duplo dos Lambchop. E continua o “Viva 2004!...”
... previsões musicais para o fim-de-semana!
air – playground love
bjork – joga
blu mar ten – i wake up
craig armstrong (with elizabeth fraser) – this love
cure – lullaby
david holmes – sugarman
jazzanova – bohemian sunset
koop – summer sun
lady & bird – do what i do
múm – will the summer make good for all of our sins
pet shop boys – jealousy
peter murphy – my last two weeks
sigur rós – svefn-g-englar
télépopmusik – breathe
troublemakers – wilford’s gone
tujiko noriko – anti newton
vincent gallo – yes i’m lonely
air – playground love
bjork – joga
blu mar ten – i wake up
craig armstrong (with elizabeth fraser) – this love
cure – lullaby
david holmes – sugarman
jazzanova – bohemian sunset
koop – summer sun
lady & bird – do what i do
múm – will the summer make good for all of our sins
pet shop boys – jealousy
peter murphy – my last two weeks
sigur rós – svefn-g-englar
télépopmusik – breathe
troublemakers – wilford’s gone
tujiko noriko – anti newton
vincent gallo – yes i’m lonely
Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di DoBa Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do Ba Ba Ti Ki Di Do
Subscrever:
Mensagens (Atom)