quinta-feira, 19 de setembro de 2002

Tenho estado a ouvir dois discos que em comum apenas tem a coerência que os trespassa e os caracteriza. Por um lado, Rouge, banda sonora do filme Vermelho que juntamente com os filmes Azul e Branco formam a trilogia realizada pelo desaparecido Krzysztof Kieslowski para homenagear os valores apregoados na revolução francesa, por outro lado, praticamente em colisão melódica, loveless dos My Bloody Valentine. O primeiro projecta de forma sinfónica e terna aquilo que as imagens de Vermelho demontraram na tela, o segundo exibe magistralmente que o domínio do feedback provocado pelas guitarras pode transformar-se em algo cativante para um melómano, característica que pode ser considerada um denominador comum noutros grupos entre os quais destaco Sonic Youth ou Jesus & Mary Chain.

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