quinta-feira, 27 de junho de 2002

Estou numa sala grande a trabalhar sozinho e a ouvir simple things dos Zero 7.

Estava a olhar para para a caixa do CD e reparei que ainda tinha no meio da capa o bilhete do concerto memorável que eles nos brindaram no velhinho Teatro Sá da Bandeira no Porto (3 de Dezembro de 2001).

O espectáculo baseou-se em simple things, único álbum que a banda lançou até ao momento, apenas condimentado no encore com uma música que partilham com os magníficos Lambchop.
Se o concerto foi sensacional a verdade é que o álbum também o é. Possivelmente, muita gente dirá que a fasquia ficou muito elevada ... ou que dificilmente nos apresentarão algo com qualidade semelhante sem cair na mesma fórmula! É um facto! São constatações típicas. Enfim! Fazem parte dos clichés da música. Mas, quando isto acontece, é porque estamos perante uma obra-prima. Estou convencido que este é um desses casos. A postura da banda no Sá da Bandeira só me reforçou esta ideia.

Um mergulho espiritual em simple things revela-nos ambientes sonoros com melodias muito semelhantes às que os franceses Air nos tem proporcionado, mas o feitiço vem, sobretudo, através da emancipação vocal de Mozez, Sia Furler e Sophie Barker.
Em destiny Sia e Sophie apresentam-se em dueto a demonstrar como é que timbres diferentes de voz nos podem levar a atingir o orgasmo musical!

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