Chico



Foi um prazer poder estar ontem no Coliseu do Porto para ver e ouvir Chico Buarque. O concerto teve como base principal o novo álbum de Chico - Carioca - que antes rodou com muita intensidade no meu leitor de cd's.
O primeiro grande momento da noite deu-se quando Chico cantou Tanto Mar, uma música dedicada a Portugal. Foi também interessante ouvir As vitrines e Grande Hotel, em parceria com Wilson das Neves o baterista que o acompanha há algum tempo.
Para coroar uma noite fantástica, dois encores o segundo dos quais para cantar Quem te viu, quem te vê e João e Maria (uma das músicas de Chico Buarque de que mais gosto).
Nesta fase final a voz de Chico foi apoiada por um coro único que reunia quase todos os que enchiam o Coliseu.

Fuckpony - children of love (2006)

Jay Haze e Samim, dois produtores experientes made in Berlin, lançaram o primeiro álbum concebido a partir de uma amálgama de elementos funk, dance music e vozes modificadas para vários formatos com predominância trip hop, resultando num daqueles trabalhos de eleição em que da primeira à última música experimentamos o melhor house.

~

Chris Corner - les chevaliers du ciel soundtrack (2005)

Este é um dos mais recentes trabalhos do fundador dos Sneaker Pimps que permite recordar a elegância de becoming x ou bloodsport através da voz irresistível de Sue Denim.

Maria Farantouri

Maria Farantouri, apelidada por muitos como a Joan Baez do Mediterrâneo, é uma referência das últimas décadas da música grega.
O seu talento para a interpretação das composições de Mikis Theodorakis e a melodia que irradia da sua voz delicada e doce serviram para acrescentar novas dimensões à poesia de autores como Pablo Neruda ou Frederico García LLorca.

Fiery Furnaces - bitter tea (2006)

Fiery Furnaces é uma banda oriunda de Nova Iorque em que a experimentação condiciona o alinhamento de elementos easy-pop o que resulta numa sonoridade avant-garde.
Bitter tea é um álbum de múltiplos layers em que a intersecção angelical da voz de Eleanor Friedberger permite criar contrastes criativos de uma beleza que demora a captar.
Fenomenal!

susanna and the magical orchestra - melody mountain (rune grammofon, 2006)

e não terá o senhor curtis composto o seu "love will tear us apart...", após o ter sonhado numa voz como a da susanna?!...

»»» http://www.runegrammofon.com/

Blue in Heaven





Na altura, estava à procura de bandas novas que acabavam de se iniciar, quando descobri um disco saído alguns meses antes em Inglaterra que se veio a tornar um dos álbuns da "minha história" musical. Não foi nada difícil descobri-lo (e se não tivesse sido ali, seria mais tarde... era inevitável) porque a capa tinha um gordo autocolante redondo no canto superior direito com a mensagem "Produced by Martin Hannett".
Ora, naquela altura, um disco produzido por Martin Hannett tinha, pelo menos, essa vantagem - a de ter o toque inconfundível daquele produtor que já havia realizado trabalhos com Joy Division, A Certain Ratio, Buzzcocks, Durutti Column ou U2.

"All the God's Men" é um disco misterioso desde a capa (com os membros da banda entre vários homens de Deus ----> será que os Gatos Fedorentos se inspiraram aqui para a criação do genérico de uma das suas séries onde se misturam com as figuras do painel dos descobrimentos do Infante D. Henrique?) até às suas canções. Possuo ainda o segundo e derradeiro trabalho dos Blue in Heaven, de título "Explicit Material" ainda que ambos em vinil (já que foram adquiridos aquando das suas edições, 1985 e 1986. Já há algum tempo que tento, via Soulseek, encontrar estes dois discos para juntar ao meu arquivo digital, mas não tenho sido feliz nessa busca.
Fica, pelo menos, a possibilidade de conhecerem 4 temas (sometimes, the big beat, it's saturday e julie cries) através deste blog.

PS: no You Tube também podem encontrar o vídeo de uma das eléctricas canções de "Explicit Material". Falo de "I Just Wanna".

Por falar em You Tube... espreita esta versão de "bizarre love triangle" (New Order) feita pelos The Gift e, já agora, veja-se o prazer de Mark Burgess (The Chameleons) a cantar "possession" (The Sound).

Joy Division
Enquanto "passeava" pelo You Tube! descobri um documentário exibido na TV inglesa sobre os Joy Division que merece ser partilhado.
. primeira parte
. segunda parte
. terceira parte
. quarta e última parte

Joe Hisaishi - sakura (dolls ost)
Chris Corner feat Sue Denim - you're the conversation (i'm the game)
Dresden Dolls - my alcoholic friends
Emilie Simon - desert
Faithless - hem of his garment
Feist - snow lion (with readmade fc)
Fuckpony - mafalda
Guillemots - made up love song #43
Ive mendes - another way
Kate the Cat - i was made for lovin you
Lushlife Project - popular secret
Mi and L'au - boxer
Playgroup - behind the wheel (dj kicks electroca$h mix)
She Wants Revenge - us
Siouxsie and the Banshees - kiss them for me
Sneaker Pimps - curl
Sparklehorse - getting it wrong
Stereophonics - dakota
Viva Voce - one in every crowd
White Rose Movement - deborah carne

White Rose Movement - kick (2006)
Acho que este álbum ainda vai ser considerado uma relíquia...
Apesar de influências óbvias, quer antigas quer mais recentes, este álbum leva-me para o melhor do melhor dos Sound.
Love is a number é das melhores homenagens que alguém podia fazer a Adrian Borland.

My Latest Novel - wolves (2006)

Wolves resulta de uma orquestração instrumental variada (xilofone, violino,...) onde jogos vocais riquíssimos permitem um equilíbrio romântico entre melancolia e alegria.
O carisma da Bella Union está aqui bem presente.

Sparklehorse - dreamt for light years in the belly of a mountain (2006)

Para quem tem acompanhado o trajecto dos Sparklehorse encarará este registo, recentemente colocado em circulação, como a confirmação de uma banda com uma qualidade e maturidade musical de eleição.
Entre a melancolia profunda e a luz que interrompe a escuridão está a alma deste trabalho que deverá ter presença garantida nas listas de final de ano.

tempo de férias dá pra coisas destas...

fui assistir á pior banda do mundo, hoje, na rua dos chãos...

José Carlos Fernandes, Sebastian Zorn e o quiosque da utopia numa amalgama sépia riscada em folhas de papel e linhas da alma...

Quantas vezes dancei quase até cair?

Finalmente Faithless



Foi Why Go, numa versão interpretada por Estelle, que me levou a ouvir novamente Faithless. Forever Faithless - The Greatest Hits é uma compilação que junta os principais sucessos do grupo. É um álbum de 2005, mas só agora me foi possível ouvi-lo, depois de ter passado a euforia dos Media que repetiram até à exaustão (pelo menos para mim) as melhores músicas dos Faithless, tornando impossível desfrutar de algumas com prazer (além de Insomnia, destaco ainda God is a DJ).

Uma nota: foi o álbum de dança mais vendido em 2005.

Lee Ranaldo - from here to infinity (1987)

Lee Ranaldo ou o prazer absorvente de modelar sons através da improvisação infinita que uma guitarra permite...

Absolutamente imperdível!!!





tower of song - martha waiwright
tonight will be fine - teddy thompson
i'm your man - nick cave
winter lady - kate and anna mcgarrigle, martha wainwright
sisters of mercy - beth orton
chelsea hotel no.2 - rufus wainwright
if it be your will - antony
i can't forget - jarvis cocker
famous blue raincoat - the handsome family
bird on a wire - perla batalla
everybody knows - rufus wainwright
the traitor - martha wainwright
suzanne - nick cave, julie christensen, perla batalla
the future - teddy thompson
anthem - perla batalla, julie christensen
tower of song - leonard cohen, u2





:: mais info

Guillemots - from the cliffs (2006)

From the cliffs estava previsto nesta prateleira daqui por uns dias... assim aproveito o texto do António para inserir mais uns caracteres e sugerir que "peguem" trains to brazil e fiquem hipnotizados com cats eyes!
A alma dos Prefab Sprout contida em Steve McQueen deixou aqui algumas marcas...

Guillemots - Throught The Window Pane (Polydor/ Fantastic Plastic, 2006)

Guillemots são um colectivo proveniente da ilha de sua majestade e do resto do mundo (Brasil, Canadá, Escócia) e estão aí para quebrar... sobretudo o actual mainstream do pop britânico, o som deles assenta numa vasta colecção de instrumentos, as influências são variadas, a voz de Fyfe Dangerfield cai no tempo para espirais sonoras passadas a U2, Van Morrison, Prefab Sprout, Nick Drake, os fãs vão desde o Rufus Wainwright, Beck a Thom Yorke... um disco á boa moda antiga!

M.Ward - Post - War (4AD, 2006)

...ou como se todas nossas melodias de criança se polinizassem num só disco...

...