Dorine Muraille - mani (2003)

Julien Locquet é o nome do jovem artista Dorine Muraille. O seu segundo trabalho é mais uma confirmação do universo de talentos franceses que, seguindo as pisadas do grande Serge Gainsbourg, tem vaporisado além fronteiras o perfume da nova cena pop gaulesa.
Chloe Delaume é a jovem poetisa, recentemente premiada, que empresta as palavras às sonoridades criadas por Dorine. O resultado é uma formidável construção sonora onde a melodia começa no silêncio e vagueia pelas construções e desconstrucões electrónicas deste rapaz que a Fat Cat não deixou de absorver.

Radio Dept. - pet grief (2006)

O segundo álbum dos suecos Radio Dept. recupera sonoridades new wave e acrescenta-lhes uma atmosfera onírica em contraponto ao ambiente mais dark que caracterizou a vida de alguns grupos míticos da década de oitenta.
A voz de Johan Duncanson é o epicentro da melodia que atravessa as doze faixas... o lançamento deste registo em plena Primavera parece ter sido um aviso de pré-época a recomendar algo que combina com inúmeras situações da estação mais quente!
Quem começar por the worst taste in music talvez perceba bem a mensagem e leve o álbum para o tempo de espera no aeroporto...

Cocorosie

Outra oportunidade para ver as irmãs Sierra e Bianca Casady.
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Casa das Artes - Famalião, segunda-feira, 3 de Julho.

Victory for the Comic Muse



É mesmo a Musa Cómica quem ganha, tal é a carga de ironia que este álbum transporta. Apesar de não ser uma ouvinte habitual de The Divine Comedy o novo registo do grupo fez-me render à melodiosa voz de Neil Hannon e pôs-me a ouvir repetidamente as mesmas músicas durante dias.
Apesar do single deste álbum ser Diva Lady, (uma excelente música sem dúvida) recomendo vivamente A lady of a certain age, a música que não me sai da cabeça e que me ficou logo o ouvido (mais pelo fantástico poema, até porque normalmente são as letras e não as melodias que despertam a minha atenção). De qualquer forma, é um disco para ouvir com atenção e respeito!

El Perro Del Mar - LooK! It's El Perro Del Mar (Memphis Industries, 2006)

Sarah Assbring,uma mulher de Gotemburgo, formação musical clássica, os desgostos da vida e uma depressão em cura numa praia mediterrânica do sul de Espanha... as lágrimas foram enxugadas por um cachorrinho vadio (el perro) que deambulava pelas areias junto ao mar... e Sarah acordou na esperança das coisas simples e belas... o álbum look! It's ell perro del mar é um hino supremo em dream & sad voice flutuando sobre 2 guitarras e um órgão...

+. http://www.elperrodelmar.com/

Baraka ost (1992)

A universalidade das imagens e sons convidam-nos a uma reflexão sobre a história do mundo. A faixa the host of seraphim dos Dead Can Dance intensifica a profundidade épica que este filme de Ron Fricke nos impele a descobrir.

blue screen days

Air - run
Benny Benassi - satisfaction
Cat Power - where is my love
Datarock - fa-fa-fa
Divine Comedy - becoming more like alfie
Gotan Project - notas
His Name is Alive - CATS
Massive Attack - risingson
Moodymann - dont u want my love
Natacha Atlas - fakrenha
One Giant Leap - my culture
Radio Dept. - the worst taste in music
Walkabouts - sorry angel
Xmal Deutschland - searchlights
Yeah Yeah Yeahs - turn into

Zavoloka - plavyna (2005)

Katja Zavoloka é uma jovem designer gráfica da Ucrânia que exprime emoções e sentimentos através de uma forma muito vanguardista de música electrónica. Sons melódicos são incessantemente interceptados por subtis ruídos cujo padrão de construção está na abstração das sonoridades analógicas e digitais.
O resultado é uma amálgama algo complexa para ouvidos que se gostam ver distantes de uma realidade robótica cada vez mais próxima.
Contudo, após algum esforço de aproximação mergulhamos nas entrelinhas deste registo e começamos a vislumbrar "expressões" que revelam algo do intuito open minded de Zavoloka.
Uma nota final para referir que este segundo álbum da artista ucraniana obteve uma menção honorária no Prix Ars Electronica 2005.

Natacha Atlas - ayeshteni (2001)

Quem ouve a música de Natacha Atlas sem conhecer a sua biografia poderá ficar surpreendido com o facto de esta cantora multifacetada ter nascido nos subúrbios de Bruxelas. Na verdade, ao ouvir ayeshteni ou outros registos a solo ficamos quase convencidos que nasceu algures num território onde a cultura árabe é a matriz principal.
Porém, se formos analisar os trabalhos em que participou e o seu carisma nos fantásticos Transglobal Underground percebemos que se trata de alguém que abandonou o seu nicho cultural para emergir como uma artista universal que se dedica com muita paixão a criar a sua própria experiência musical.

Sonic Youth - rather ripped (2006)

Rather ripped não tem o lado cru e noise dos melhores registos desta banda, que nunca deixou de permanecer entre as melhores bandas pop-rock, mas revela um polimento e uma maturidade a outros níveis. Soa a algo mais doce e pop... os arranjos são intencionalmente afinados para criar uma atmosfera simultaneamente sentimental e eléctrica.
Será concerteza um dos grandes trabalhos de 2006 e um dos melhores dos Sonic Youth.
Óptimo seria que o concerto previsto para Nova Iorque com os YYY se repetisse em Paredes de Coura.

Nouvelle Vague - band à part (2006)

a subtileza na selecção e a beleza na interpretação de versões continua...

Atritos Sonoros
Um programa de rádio que espreita através deste blog para dar a conhecer a música nacional.

His Name is Alive - detrola (2006)

Após uma longa carreira onde a 4AD foi uma etapa inicial longa e em que os atributos que melhor descreviam a forma de fazer música dos americanos His Name is Alive eram complexos e sistematicamente convergiam para o lado em que cabe sempre tudo, música alternativa recheada de sonoridades marginais, eis que surge detrola.
A faixa de entrada parece um aviso a relembrar que o conceito é o mesmo, porém à medida que vamos penetrando na complexidade deste fabuloso registo apercebemo-nos que existe um ecletismo que os HNIA há muito transmitem, mas que agora revela uma dimensão mais doce, pop quiçá, ou deliberadamente sexy como os próprios afirmam.

Massive Attack, 8 e 10 de Julho (Lisboa e Porto)

Cat Power - the greatest (2006)

A menina, agora mais senhora, Cat Power apresenta o sétimo álbum da sua carreira com os mesmos atributos de qualidade que havia demonstrado anteriormente, emergindo neste registo uma atmosfera mais alegre, mas permanecendo o ambiente intimista da sua música soul e folk que fica com um aroma especial em virtude do seu timbre de voz infinitamente melodioso.

Värttinä - miero (2006)

Mari Kaasinen, Susan Aho e Johanna Virtanen são a alma vocal deste projecto das latitudes do Ártico que já integra o espólio de luxo da world music.
Este registo continua a demonstrar a qualidade do som complexo desta banda que utiliza uma linguagem incompreensível para adornar o misticismo das suas canções.
A riqueza instrumental funde-se num equilíbrio admirável com o coro de vozes que, pontualmente, fazem recordar as vozes em choro da Bulgária.

Espers - Espers II (Drag City, 2006)

a banda do novo folk psicadélico (Devendra Banhart, Sufjan Stevens, Iron&Wine,...) das CD covers mais belas... mas dentro, o encanto também é elevado...