ainda morando a saudade deixada pelo anterior álbum "dwellers on the threshold", eis que regressam Ronald Lippok e Bernd Jestram, aka Tarwater, com the needle was travelling, na morr music...



um disco de esmerada opulência, onde límpidos fragmentos de guitarra, em macios acordes repetitivos e a voz sem paralelo de Lippok, resultam numa complexa melodia que cativa e põem os ouvidos a birrar por sucessivos replays - eu já me rendi!
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Passados três anos sobre o maravilhoso musique automatique eis que surge o sexto álbum, do the bambi, do duo berlinense Stereo Total.
As pinceladas de ironia e a criação musical entre a nostalgia francesa e o easy listening britânico mantêm-se intactas. Em algumas faixas nota-se uma postura electro pop com ritmo que recorda décadas passadas e que nos transporta para uma homenagem ao cinema, em especial o que tem origem em terras gaulesas. Na canção orange mecanique é recriada a atmosfera musical do filme a clockwork orange do desaparecido realizador britânico Stanley Kubrick.

junto neste texto, dois conjuntos que tive o privilégio de conhecer no festival de Paredes de Coura e que estão aí a rebentar com novos trabalhos:



os Cousteau que chegam dia 18 de Abril, com uma Nova Scotia carregada de sons, para se ouvirem a 4 ouvidos... Eis o alinhamento:

Sadness
Sometime
She's not coming back
There she goes
To sail away
Echoes
Blackheart of mine
Highly
Pia
Happening



e o duo The Kills que com No Wow reafirmam e renovam um ritmo musical potente e tocado direitinho, onde blues, punk e uma maquinaria de guitarra, baixo e baterias nos puxam memórias de PJ Harvey, Joy Division ou mesmo Bauhaus... Um grande álbum!
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Kasabian

um disco para um bom fim de semana - regresso do maníaco dos lobos, uivos de ventos nos penhascos, a idade adulta, a libertação pessoal entre timbres de piano e guitarras ciganas...

Quinteto Tati na Casa das Artes (Arcos de Valdevez)

foi na última sexta-feira e foi lindo!... (o que é Nacional também é muito Bom!)

A partir de loves almighty somos convidados para a beleza estética de angel milk (2005), álbum que sucede a genetic world (2001), obra-prima que deu a conhecer o duo francês Télépopmusik.
É deveras impresionante a capacidade que estes franceses têm para digitalizar emoções que são vertidas em vozes mágicas (Angela McCluskey, Deborah Anderson, etc.) obdecendo ao formato trip-hop.

ainda coço a cara escaldada e nos ouvidos permanece o zumbido... o motivo?!... o motivo foi, é uma bofetada... uma bofetada sonora... é verdade; quando menos se espera, ela aparece. e ainda bem. O responsável é o colectivo Konono nr. 1. um grupo de músicos oriundos da zona doCongo e Angola; instrumentos musicais elaborados a partir de sucata automóvel acessoriados por equipamentos de som ainda da época colonial, vozes e muita alegria, num repertório que assenta em distorcidos trance's étnicos Bazombo. Mingiedi, um virtuoso tocador de likembé (leiam no site da crammed, para entenderem o que é) é a alma maior do agrupamento e ouvi-lo, deixa-nos completamente escangalhados...

a edição é da crammed discs, com o título Konono nr.1, sendo o primeiro disco de uma série prevista por aquela etiqueta, Congotronics, que retratará os novos sons electrificados de vários homens da música dos arredores de Kinshasa...

para quem ainda não se rendeu, poderia citar o vasto número de sítios de renome da net, onde este som já se encontra em erupção...

Blue States - the soundings (2004)

O terceiro álbum deste projecto inglês personalizado por Andy Dragazis aparenta significar uma viagem emocional que recupera instrumentações electrónicas de outros tempos. As melodias majestosas que os Blues States já haviam produzido nos trabalhos anteriores voltam a aparecer de forma mais intimista.

Bark Psychosis - hex (1994)

Etéreo, raro, post-rock, hipnótico, futurista... alguns adjectivos que servem para parametrizar o conteúdo de um álbum que só agora conheci, mas que curiosamente foi lançado em 1994, considerado por muitos como o ano de afirmação e, simultaneamente, de explosão do trip-hop britânico... a moda era ouvir e sentir nomes como Portishead, Massive Attack, Tricky...
:: para quem gosta dos portugueses Hipnótica este registo é essencial!

Uma recordação excelente do melhor easy listening dos Saint Etienne (foxbase alpha, 1992)




e uma viagem interessante aos primórdios da música electrónica onde pontificavam nomes como Depeche Mode (speak & spell, 1981)

um disco para um bom fim de semana - electrónica original, minimalista, espontânea, muita seiva escorrente e sanguínea...

ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDOO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO! ESTRONDO!
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::: descoberta obrigatória:::


mais, em http://www.jackjohnsonmusic.com/

resumo: lindo!

various artists (thailand) - classical instrumental traditions (1995)

Este disco leva-nos para locais recônditos do reino tailandês. Locais onde a música brota da inspiração do quotidiano rural. Tal como no foclore que caracteriza muitas regiões também aqui é a memória de gerações que armazena melodias! A observação e a espontaneidade para conciliar memória com técnica são o processo privilegiado na transmissão de saberes aperfeiçoados ao longo de muitos séculos.

havia um rei Midas na mitologia antiga, que em tudo que tocava, despontava complexas reacções químicas que pintavam tudo de átomos de Au Au Au...

e há um rei Arve Henriksen, que num trompete coloca toda grandiosidade de um império viking, um mar de barcaças e Valquírias derivando de todos fiords, sob o sol de um sorriso de Odin, cobrindo todos hemisférios...

Chiaroscuro é o segundo álbum deste norueguês na rune grammofon, e é uma obra prima, que me escapou em 2004! Imperdoável! Que Odin me poupe! Mas não se poupem de ouvir...

tostas para chá das cinco...
não perder o rasto...
leves e digestivos...
são 2 singles recentes de 4 faxas que parecem falar "lembra-te de mim, que sou criança e bonita..."


Mum - Dusk Log
(fat cat, 2004)



Postal Service -
We Will Become Silhouettes
(sub pop, 2005)