segunda-feira, 31 de janeiro de 2005
Oum Kalsoum (1898 - 1975)
Oum Kalsoum nasceu no Egipto, tendo dedicado a sua contagiante voz à esperança de um dia todos os árabes viverem em paz. Em vão! Morreu em 1975 com o sofrimento que, ainda hoje, atravessa todo o Norte de África e Médio-Oriente. Amada e expurgada... deixa a sua voz para muitas gerações recordarem um percurso de sofrimento e talento. A digressão que realizou de Rabat até Bagdad serviu para sublinhar a dimensão épica da sua voz.
... tal como outros grandes feitos também a sua voz foi moldada pelo serpentear do Nilo!
sexta-feira, 28 de janeiro de 2005
quarta-feira, 26 de janeiro de 2005
colectânea que promoveu o blog ...
bang gang - hazing out
bent - now i must remember
church - under the milkway
death in vegas - hands around my throat
donna regina - until i die
gift - wallpaper
little big bee - high clouds
rodrigo leão (beth gibbons) - lonely carousel
supreme beings of leisure - under the gun
u2 - yahweh
segunda-feira, 24 de janeiro de 2005
Kopflastig (1997) foi o álbum que revelou a poesia futurista do duo alemão Laub. Antye Greie-Fuchs (voz) e Jotka (guitarra/programação) criaram uma pop digital com uma instrumentação que desafia a génesa das influências, aliada ao facto arrojado de Antye cantar em alemão. Apesar de ter conhecido primeiro filesharing (2002) nota-se que existe uma transversalidade na procura de novos conceitos musicais dentro das possibilidades que o computador trouxe para o âmago da música do virar do século.
sábado, 22 de janeiro de 2005
Mais uma vez estou enredado na obra genial de Kurt Weil...
Desta vez, a ouvir o ballet die sieben todsünden pela voz da proeminente mezzo-soprano alemã Brigitte Fassbaender.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2005
Roger Miller, Clint Conley e Peter Prescott são o trio com o nome Mission of Burma que, entre 1979 e 1983, descarregaram rajadas de decibéis sobre a cidade de Chicago.
O som irreverente nascia da fusão do rock tradicional com a energia punk à mistura com incursões no experimentalismo electrónico que alguns arriscavam naquela época.
O álbum peking spring, reeditado com este nome em 1993, demonstra como ainda hoje muitas bandas vão até esta época inspirar-se para as suas criações. Yo La Tengo, Nirvana, são alguns nomes que conheciam bem os Mission of Burma...
Nota: editaram apenas um álbum (Ace Of Hearts, 1982)
eu quero o Guero. e tu?!
é o novo de Beck, que conta com a colaboração do frontman dos White Stripes, Jack White, e que sai em Março.
eis o alinhamento:
01 E-Pro
02 Que Onda Guero
03 Girl
04 Missing
05 Black Tambourine
06 Earthquake Weather
07 Hell Yes
08 Broken Drum
09 Scarecrow
10 Go it Alone
11 Farewell Ride
12 Rental Car
13 Emergency Exit
é o novo de Beck, que conta com a colaboração do frontman dos White Stripes, Jack White, e que sai em Março.
eis o alinhamento:
01 E-Pro
02 Que Onda Guero
03 Girl
04 Missing
05 Black Tambourine
06 Earthquake Weather
07 Hell Yes
08 Broken Drum
09 Scarecrow
10 Go it Alone
11 Farewell Ride
12 Rental Car
13 Emergency Exit
segunda-feira, 17 de janeiro de 2005
Rodrigo Leão e os Mesa estão no top 10 da lista de 2004 proposta pelo editor-chefe (Emmanuel Legrand) da revista norte-americana Billboard.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2005
quarta-feira, 12 de janeiro de 2005
Blueprint - chamber music (Novembro, 2004)
Provavelmente estou a ficar fascinado por este álbum...
Fundamental para quem gosta de ganhar tempo com a música e não acha que o perde... neste caso não pode haver pressas na apreciação!
Quanto ao conteúdo...
... tanta coisa homeopaticamente diluída;
belos instrumentos da world music, muito experimentalismo, bom jazz, vozes de rappers e outras vocalizações, a sensação de banda sonora...
terça-feira, 11 de janeiro de 2005
The frenz experiment (1988) é uma recordação excelente do período pós-punk. Este disco, considerado por muito o melhor dos ingleses The Fall é, sem dúvida, portador de uma sonoridade muito própria com o adorno sempre especial na forma como Mark E Smith canta. Canções como frenz, get a hotel, victoria ou hit the north part 1 são autênticos hinos da sua época.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2005
The world is saved, editado em Outubro de 2004, é o último trabalho da sueca Stina Nordenstam. A atmosfera delicada e intimista deste registo, com algumas sequências jazz, tem o seu alicerce na voz introspectiva de Stina, aliada a guitarras discretas, a notas de piano minimalistas e a uma boa dosagem de instrumentação clássica. As belas melodias que atravessam todo o trabalho demonstram que a sabedoria que floresce ao longo do tempo, também serve para polir boas canções.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2005
!!!The Gift - AM/FM (FNAC St.ª Catarina)!!!
No dia 29 de Novembro de 2004, saía o novo álbum de uma das nossas bandas
preferidas, The Gift. Por volta das 16h30, eu e o Joao, sem nada que fazer
na faculdade, resolvemos dar uma volta e, porque não, passar pela loja da
FNAC, na Rua de Sta.Catarina, no Porto, para escutar os novos sons da banda de Alcobaça e mais uma vez perdermo-nos no emaranhado de produtos culturais
que aparentemente elevam o nível daquela rede de lojas.
Dirigimo-nos ao balcao, onde pedimos a um funcionário para ouvir o disco que
ele introduziu no leitor. Ouvimos e a certa altura tivemos que sair por
razões de tempo. Deixámos a caixa pousada no balcao e, obviamente, o cd no
leitor. Foi nesse momento que se dirigiram a nós dois amáveis funcionários
da empresa de segurança que a FNAC contratou para nos proteger dos larápios e proteger os sagrados bens culturais das maos hábeis dos gatunos; a
S.O.V.
O alarme soara, portanto fomos gentilmente conduzidos, por entre os consumidores de cultura, até um local longe dos olhares dos transeuntes.
Estávamos num espaço pequeno: eu,o Joao, o Senhor Segurança Pedro Coelho e o; por este último intitulado; Chefe de Segurança da FNAC.
-Dá cá os cd's! - ordenou o Chefe da Segurança.
-Eu nao tenho nenhum cd? - respondi, sem perceber bem o que se passava.
-Tira a roupa! - ordenou mais uma vez o Chefe da Segurança, num tom agressivo.
O Senhor Segurança Pedro Coelho observava.
-Só o faço na presença de um agente da autoridade. - respondi.
De imediato as faces dos dois seguranças se encheram de raiva. O Líder disse:
-AI QUERES A POLÍCIA, É?
-Quero! - respondi, despindo o blusao que tinha vestido e atirando-o para o chao que, num lugar tao pequeno, acabou obviamente por atingir ligeiramente o Chefe da Segurança. E pronto. O meu acto foi considerado uma agressao e de imediato senti os socos do Senhor Pedro Coelho no meu rosto. Ao mesmo tempo, o meu amigo Joao perguntava como era possível aquilo estar a acontecer. Fui atirado para um elevador de cargas pelo Senhor Pedro Coelho que me apertou o pescoço, empurrando-me contra a parede e prosseguindo a tarefa de me socar a cara. Eu continuei a dizer:
-Eu nao roubei cd nenhum!
-Isso agora nao interessa nada, se roubaste ou nao! Tu agrediste o meu chefe e vais pagar por isso! - foi a resposta do Senhor Pedro Coelho.
Fui levado para o quarto andar do edifício, para uma sala frequentada por
seguranças e funcionários da FNAC, com uma entrada para um armazém. Ao passar por um dos funcionários, empurrado pelo Senhor Pedro Coelho, pedi:
-Chame a Polícia, por favor. Foi-me respondido:
-Eu é que te f!dia, se pudesse! O Senhor Pedro Coelho, segurança contratado pela FNAC - empresa oportunamente chamada S.O.V. sentou-me num sofá e prosseguiu com os socos. Olhou-me nos olhos e disse:
-Fixa bem a minha cara, eu até posso perder o emprego mas hei-de te apanhar
no Porto e matar-te! E deu-me mais alguns socos.
Entretanto trouxeram o meu amigo Joao que também havia sido agredido na cara pelo Chefe da Segurança, quando tentara chamar a atençao de duas funcionárias da FNAC para a situaçao, fora completamente ignorado e tentara entao abrir a porta(passível de ser aberta apenas de forma electrónica) para chamar a atençao dos clientes que passavam na parte comercial. Sem sucesso.
O meu amigo chamou entao a Polícia através do 112. A Polícia já tinha sido chamada pelos seguranças para nos acusar de furto. Ficámos a espera, rigorosamente vigiados. Durante o tempo todo em que fui agredido, passaram pelo local funcionários da FNAC, alguns riram-se, outros ignoraram, alguns
>espreitavam do armazém em busca de diversao. A Polícia chegou e foi convidada pelo Chefe da Segurança, de mao no ombro do agente da autoridade, a entrar no gabinete só depois fomos chamados.
Devidamente revistados, nao encontraram absolutamente indício nenhum de furto.
-A acusaçao de furto está completamente posta de parte. disse um dos polícias.
Prosseguiu:
-Podemos deixar as coisas como estao, ou...
-Nao, nao, eu quero apresentar queixa. - respondi de pronto.
E pronto. Depois, demos o nosso depoimento aos agentes da PSP que nao anotaram quase nada e que nos aconselharam a apresentar queixa apenas tres dias depois, ou seja, quando as marcas da agressao estivessem já muito menos visíveis. Nao seguimos o conselho, fomos ao hospital e a outra esquadra onde apresentámos queixa. No dia seguinte, em resposta à RTP, a FNAC negou que se tivesse passado algum destes factos. Nao falou em averiguaçoes, nem inquéritos internos, nao me ouviu nem ao meu amigo.
Ouviu os seguranças e concluiu: não houve nada.
Tenho hematomas na cabeça, na face, marcas de unhas no pescoço, o lábio ferido, dói-me as costas e o maxilar.
Nunca durante o tempo todo respondemos a alguma das agressoes. As agressoes passaram-se no dia 28 de Novembro de 2004, data de lançamento do «AM FM», por volta das 17h15. Obviamente que o álbum dos Gift entra na história por pura coincidencia. Porque dois jovens apreciadores de música, ansiosos por ouvirem o novo álbum de uma das suas bandas preferidas, acabaram por ser violentamente agredidos por um crime que; de forma comprovada pela Polícia; nao cometeram. Acho que é bom que se conheçam estes casos. Na esquadra, os polícias admitiram que nao é a primeira nem a segunda vez que um caso semelhante acontece naquela loja da FNAC.
Peço a vossa compreensao e apoio, acima de tudo para aqueles que foram obrigados a ficar calados por nao terem os meios ao seu alcance. Acima de tudo, em nome de todos aqueles que possam vir a passar pelo mesmo.
Obrigado.
Marco André Gomes Lopes
Tlmv: 966186754
Tiago Alves
No dia 29 de Novembro de 2004, saía o novo álbum de uma das nossas bandas
preferidas, The Gift. Por volta das 16h30, eu e o Joao, sem nada que fazer
na faculdade, resolvemos dar uma volta e, porque não, passar pela loja da
FNAC, na Rua de Sta.Catarina, no Porto, para escutar os novos sons da banda de Alcobaça e mais uma vez perdermo-nos no emaranhado de produtos culturais
que aparentemente elevam o nível daquela rede de lojas.
Dirigimo-nos ao balcao, onde pedimos a um funcionário para ouvir o disco que
ele introduziu no leitor. Ouvimos e a certa altura tivemos que sair por
razões de tempo. Deixámos a caixa pousada no balcao e, obviamente, o cd no
leitor. Foi nesse momento que se dirigiram a nós dois amáveis funcionários
da empresa de segurança que a FNAC contratou para nos proteger dos larápios e proteger os sagrados bens culturais das maos hábeis dos gatunos; a
S.O.V.
O alarme soara, portanto fomos gentilmente conduzidos, por entre os consumidores de cultura, até um local longe dos olhares dos transeuntes.
Estávamos num espaço pequeno: eu,o Joao, o Senhor Segurança Pedro Coelho e o; por este último intitulado; Chefe de Segurança da FNAC.
-Dá cá os cd's! - ordenou o Chefe da Segurança.
-Eu nao tenho nenhum cd? - respondi, sem perceber bem o que se passava.
-Tira a roupa! - ordenou mais uma vez o Chefe da Segurança, num tom agressivo.
O Senhor Segurança Pedro Coelho observava.
-Só o faço na presença de um agente da autoridade. - respondi.
De imediato as faces dos dois seguranças se encheram de raiva. O Líder disse:
-AI QUERES A POLÍCIA, É?
-Quero! - respondi, despindo o blusao que tinha vestido e atirando-o para o chao que, num lugar tao pequeno, acabou obviamente por atingir ligeiramente o Chefe da Segurança. E pronto. O meu acto foi considerado uma agressao e de imediato senti os socos do Senhor Pedro Coelho no meu rosto. Ao mesmo tempo, o meu amigo Joao perguntava como era possível aquilo estar a acontecer. Fui atirado para um elevador de cargas pelo Senhor Pedro Coelho que me apertou o pescoço, empurrando-me contra a parede e prosseguindo a tarefa de me socar a cara. Eu continuei a dizer:
-Eu nao roubei cd nenhum!
-Isso agora nao interessa nada, se roubaste ou nao! Tu agrediste o meu chefe e vais pagar por isso! - foi a resposta do Senhor Pedro Coelho.
Fui levado para o quarto andar do edifício, para uma sala frequentada por
seguranças e funcionários da FNAC, com uma entrada para um armazém. Ao passar por um dos funcionários, empurrado pelo Senhor Pedro Coelho, pedi:
-Chame a Polícia, por favor. Foi-me respondido:
-Eu é que te f!dia, se pudesse! O Senhor Pedro Coelho, segurança contratado pela FNAC - empresa oportunamente chamada S.O.V. sentou-me num sofá e prosseguiu com os socos. Olhou-me nos olhos e disse:
-Fixa bem a minha cara, eu até posso perder o emprego mas hei-de te apanhar
no Porto e matar-te! E deu-me mais alguns socos.
Entretanto trouxeram o meu amigo Joao que também havia sido agredido na cara pelo Chefe da Segurança, quando tentara chamar a atençao de duas funcionárias da FNAC para a situaçao, fora completamente ignorado e tentara entao abrir a porta(passível de ser aberta apenas de forma electrónica) para chamar a atençao dos clientes que passavam na parte comercial. Sem sucesso.
O meu amigo chamou entao a Polícia através do 112. A Polícia já tinha sido chamada pelos seguranças para nos acusar de furto. Ficámos a espera, rigorosamente vigiados. Durante o tempo todo em que fui agredido, passaram pelo local funcionários da FNAC, alguns riram-se, outros ignoraram, alguns
>espreitavam do armazém em busca de diversao. A Polícia chegou e foi convidada pelo Chefe da Segurança, de mao no ombro do agente da autoridade, a entrar no gabinete só depois fomos chamados.
Devidamente revistados, nao encontraram absolutamente indício nenhum de furto.
-A acusaçao de furto está completamente posta de parte. disse um dos polícias.
Prosseguiu:
-Podemos deixar as coisas como estao, ou...
-Nao, nao, eu quero apresentar queixa. - respondi de pronto.
E pronto. Depois, demos o nosso depoimento aos agentes da PSP que nao anotaram quase nada e que nos aconselharam a apresentar queixa apenas tres dias depois, ou seja, quando as marcas da agressao estivessem já muito menos visíveis. Nao seguimos o conselho, fomos ao hospital e a outra esquadra onde apresentámos queixa. No dia seguinte, em resposta à RTP, a FNAC negou que se tivesse passado algum destes factos. Nao falou em averiguaçoes, nem inquéritos internos, nao me ouviu nem ao meu amigo.
Ouviu os seguranças e concluiu: não houve nada.
Tenho hematomas na cabeça, na face, marcas de unhas no pescoço, o lábio ferido, dói-me as costas e o maxilar.
Nunca durante o tempo todo respondemos a alguma das agressoes. As agressoes passaram-se no dia 28 de Novembro de 2004, data de lançamento do «AM FM», por volta das 17h15. Obviamente que o álbum dos Gift entra na história por pura coincidencia. Porque dois jovens apreciadores de música, ansiosos por ouvirem o novo álbum de uma das suas bandas preferidas, acabaram por ser violentamente agredidos por um crime que; de forma comprovada pela Polícia; nao cometeram. Acho que é bom que se conheçam estes casos. Na esquadra, os polícias admitiram que nao é a primeira nem a segunda vez que um caso semelhante acontece naquela loja da FNAC.
Peço a vossa compreensao e apoio, acima de tudo para aqueles que foram obrigados a ficar calados por nao terem os meios ao seu alcance. Acima de tudo, em nome de todos aqueles que possam vir a passar pelo mesmo.
Obrigado.
Marco André Gomes Lopes
Tlmv: 966186754
Tiago Alves
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